Lição 6 - 07 de novembro de 2010 - A importância da oração na vida do crente

TEXTO ÁUREO
“Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno”
(Hb 4.16).

VERDADE PRÁTICA
O crente em Jesus desenvolve o seu relacionamento com Deus e a fé cristã por meio da oração constante, confiante e disciplinada.

HINOS SUGERIDOS 4 ( clique aqui e conheça o hino) , 296, 577
LEITURA DIÁRIA

Segunda - At 1.13,14
A oração conduz ao fervor espiritual

Terça -Sl 55.17; Dn 6.10
A oração deve ser um hábito pessoal

Quarta - Mt 6.6
A oração devocional

Quinta -At 1.14,24; 12.12
A oração congregacional
Sexta - 1 Tm 2.1-3
A oração traz quietude e sossego

Sábado -Mt 17.21
A oração acompanhada do jejum

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses 4.4-9

INTERAÇÃO

Prezado professor, Deus deseja comunicar-se com seus filhos mediante a oração e a leitura da Palavra. Falar com Deus é um grande privilégio. O valor da oração está na resposta que o cristão oferece à pessoalidade de Deus. Naturalmente, através da oração nos voltamos àquEle cuja comunhão é prazerosa. Por isso, podemos manifestar com ação de graças nossas petições e súplicas.
O Eterno nos convida a cultivarmos um hábito sadio de oração como estilo de vida, a fim de que possamos produzir bons frutos. Os grandes homens da Bíblia foram pessoas de rígidos hábitos de oração porque reconheciam o seu valor. O valor da oração está para o crente, assim como a água está para a corça!


OBJETIVOS

Reconhecer o verdadeiro valor da oração.

Explicar como se dá a ação do Espírito Santo na oração do crente.

Conscientizar-se de que devemos nos aproximar de Deus com reverência, honestidade e confiança.


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, para a aula de hoje sugerimos que você reproduza o quadro abaixo. O objetivo é apresentar, de forma resumida, algumas verdades sobre as ministrações do Espírito Santo na vida do crente. O Santo Espírito é dinâmico e seu ministério é perfeitamente conhecido na vida de Jesus Cristo e da Igreja.
Ao introduzir o tópico II, explique à classe que os atributos do Espírito Santo o nomeia como intercessor dos filhos de Deus. Por isso, podemos com coragem, estabelecer o hábito da oração diária em nossas vidas, pois o Consolador estará conosco, orientando nossas intercessões. Boa aula!


Ministrações do Espírito
em Relação aos Salvos

A Habitação no crente
Jo 14.16,17; Rm 8.9
O Batismo no Espírito Santo
At 1.4,5,8; 2.1-4;10.44-46; 19.2-6
Testemunho de que somos filhos de Deus
Rm 8.15,16
Santificação progressiva do crente
1 Pe 1.15,16; 2 Co 7.1; 3.17,18
A oração no Espírito Santo
Rm 8.26,27; Ef 6.18; 1 Co 14.14,15
Unção para o serviço
Lc 4.18,19; 2 Co 1.21,22; 1 Jo 2.20,27
O Espírito Santo como selo e penhor
2 Co 1.22; Ef 1.13,14; 4.30; 2 Co 5.5


COMENTÁRIO


INTRODUÇÃO

A oração é um meio que Deus utiliza para desenvolver a comunhãodo crente com Ele. Falar com Deus é uma preciosa e indivisível dádiva do cristão. Desperdiçar a oportunidade de falar com Deus e ouvi-lo, quando estamos em oração, é um atestado de enfermidade espiritual, cujo tratamento requer urgência (Is 55.6; Jr 29.13).

I. RECONHECENDO O VALOR DA ORAÇÃO

1. A oração estreita a comunhão com Deus. Por meio da oração, o crente estabelece e desenvolve um relacionamento mais profundo com Deus. O Senhor é onisciente! Todavia, o cristão deve ser explícito e detalhado em suas orações: “[...] as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças” (Fp 4.6b). Através da oração, o crente coloca aos pés do Senhor suas fragilidades, dores, tristezas e ansiedades. Saiba que Deus deseja ouvi-lo, a fim de agir em seu favor (Sl 72.12).
2. A oração com ação de graças. A ação de graças é uma forma de celebrarmos a bondade divina, que expressa gratidão (Sl 69.30). Esta oração, segundo o exemplo de Jesus, agrada ao céu (Mt 11.25). Uma vida de constante oração associada ao conhecimento e à observância das Santas Escrituras, conduz o crente a um viver de gozo, gratidão e constantes descobertas das grandezas e riquezas de Deus (1 Ts 5.17,18; Rm 11.33-36).
3. Jesus destaca o valor da oração. O valor da oração está em sua prática constante como elemento vital e imprescindível à nossa vida espiritual. Lembremonos de que a oração “no Espírito” é parte da armadura de Deus para o cristão na sua luta contra o Diabo (Ef 6.11,12,18). O crente deve estar consciente da proximidade de um Deus, que é pessoal e almeja se comunicar com os seus filhos. Às vésperas de sua morte no Calvário, Jesus confortou e revigorou seus discípulos com a promessa de que suas orações seriam respondidas se direcionadas ao Pai em seu nome (Jo 14.14). O Senhor Jesus, em seu ministério terreno, tinha a necessidade de orar porque reconhecia a importância da vida de oração. Os seus discípulos, ao verem tal exemplo, sentiram a mesma necessidade: “Senhor, ensina-nos a orar” (Lc 11.1). Após a morte e ascensão de Cristo, os discípulos passariam a contar com a ajuda do Espírito Santo (Jo 14.16,17) e poderiam desfrutar da doce e permanente paz de Jesus (Jo 14.27). Essas são as bênçãos que se alcançam do Pai celestial quando se chega a Ele em oração e com plena certeza de fé no Filho de Deus.

SINÓPSE DO TÓPICO (1)

O valor da oração está em sua prática constante como elemento vital à nossa vida espiritual.

II. A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NA ORAÇÃO DO CRENTE

1. O Espírito Santo é intercessor. O filho de Deus nunca está sozinho quando ora. Há alguém nomeado pelo Senhor para ajudá-lo: O Espírito Santo (Jo 14.16). A maior segurança que o crente possui, é saber que a sua oração é orientada na dependência do Santo Espírito. O Divino Consolador nos ajuda a orar!
2. O Espírito Santo nos socorre na oração. Ele junta-se a nós em nossas intercessões, a fim de moldar a oração que não pode ser compreendida pelo entendimento humano. Da mesma maneira que Jesus Cristo intercede por nós no céu (Rm 8.34), o Espírito Santo, que conhece todas as nossas necessidades, intercede ao Senhor pelos salvos (Rm 8.27).
3. O Espírito Santo habita no crente. Ser habitação do Espírito significa que Deus está presente na vida do cristão, mantendo uma relação pessoal com ele. Nós somos o templo do seu Espírito Santo (1 Co 6.19)! Nesse sentido, o Consolador torna a oração adequada à vontade de Deus. Ele conhece todas as nossas necessidades, anseios, pensamentos, falhas, sentimentos, desejos, frustrações e intenções. O Espírito Santo geme pelo crente com gemidos inexprimíveis diante de Deus (Rm 8.26,27).

SINÓPSE DO TÓPICO (2)

Intercessão, socorro e habitação caracterizam a ação do Espírito Santo na vida do crente.

III. COMO DEVE O CRENTE CHEGAR-SE A DEUS EM ORAÇÃO

1. Reverentemente. É necessário o crente dirigir-se a Deus de modo respeitoso, agraciado, confiante e obediente. Só Deus é digno de toda a honra, glória e louvor. Ele é Único, Eterno, Supremo, Majestoso, Todo-Poderoso, Santo, Justo e Amoroso. A reverência voluntária a Deus e o seu santo temor em nós sufocam o orgulho, que é tão comum no homem e muitas vezes encontra-se disfarçado externamente nele, mas latente em seu interior.
2. Honestamente. Quando o crente, convicto pelo Espírito Santo e segundo a Palavra de Deus, arrependido confessa seus pecados, erros, faltas e fraquezas, os impedimentos são removidos para Deus agir em seu favor. Ele torna-se alvo das misericórdias divinas (Pv 28.13). O crente deve fazer constantes avaliações em sua obediência à vontade de Deus. Dessa atitude, dependem as respostas de suas orações (1 Jo 3.19-22; Jo 15.7; Sl 139.24).
3. Confiantemente. Todo crente necessita aproximar-se com fé do altar da oração e crer que Deus é galardoador dos que O buscam (Hb 11.6). Orar com fé consiste em apresentar suas necessidades ao Pai celestial e descansar em suas promessas. Assim, demonstramos estar convictos do que Jesus disse quanto ao que pedimos ao Pai em Seu nome: “Se pedires alguma coisa em meu nome, eu o farei” (Jo 14.14). Entretanto, todo crente deve ter em mente que Deus é soberano e age como quer, concedendo ou não o que Lhe pedimos. Ele conhece os seus filhos e sabe o que é melhor para nós (Jo 10.14,15).

SINÓPSE DO TÓPICO (3)

O crente deve chegar-se a Deus em oração: reverentemente, honestamente e confiantemente.

CONCLUSÃO

A gratidão, a segurança, a firmeza, a sabedoria e a confiança do crente aumentam à medida que este estabelece uma vida de constante oração. Qualquer aspecto ou expressão da vida cristã que não passe pelo altar da oração, requer providência do crente. Tudo na vida do crente deve estar sob o controle e providência de Deus. Cheguemos, então, com confiança ao trono da graça (Hb 4.16).


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOI

Subsídio Devocional
As asas da oração
“Quando vemos a iniquidade se multiplicando ao nosso redor, sentimos uma profunda depressão; oposição e a perseguição podem nos desencorajar. Davi foi tentado a se entregar a tais sentimentos, porém, a oração capacitou a levantar voo acima da violência e da descrença dos homens, aproximando-se do céu. Nada voa tão bem como a oração, pois ela ergue a alma humana com grande velocidade para uma posição muito acima dos perigos e até dos prazeres existentes neste mundo. Assim como o avião voa acima das nuvens de tempestade, assim nós, nas asas da oração, podemos voar acima das decepções. Ajoelhemo-nos em fraqueza, e depois nos levantemos revestidos de poder. Fazemos a maior violência contra nós mesmos quando nos privamos desse meio de graça” (PEARLMAN, Myer. Salmos. Adorando com os Filhos de Israel. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, p. 21).


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOII

Subsídio Teológico
A Esperança da Glória: Presente no Sofrimento (Romanos 8.18-27)
“Experimentamos a fraqueza que pertence aos que vivem nesta era. Este fato faz o Espírito gemer em intercessão (vv. 26,27). O Espírito que habita em nós não é somente a garantia de nossa vida futura; Ele também é participante em nossa vida presente. Descrever a oração pelo raro termo gemido é adequado a um contexto onde o gemido dos crentes e da criação é o tema da discussão. O Espírito nos ajuda na intercessão a nosso favor por causa de nossa fraqueza. O contexto, com a ênfase no sofrimento e no gemido que surge em nosso espírito em antecipação ao que vêm em seguida, leva-nos a pensar que esta fraqueza descreve nossa atual condição neste período de antecipação.
Assim, o problema não é que não saibamos orar, mas que nossas circunstâncias são tais que não sabemos pelo que orar. Há certa confusão que acompanha a vida simultânea em dois reinos. Pelo que vamos pedir quando as condições do presente tempo, ao qual já não pertencemos, parecem mais reais e prementes do que as condições do mundo que podemos experimentar hoje apenas parcialmente? Embora estejamos seguros da libertação da morte e livramento da tentação na ressureição, como vamos orar neste tempo quando o pecado e a morte ainda nos confrontam? Temos a garantia de que o Espírito está orando por nós ‘segundo [a vontade] Deus’. Além disso, ainda que não compreendemos o que o Espírito está pedindo, De us compreende, porque Ele ‘sabe qual é a intenção do Espírito’ (27).
Agora nos dedicaremos à questão sobre como o Espírito nos ajuda em oração. Paulo está dizendo que oramos com a ajuda do Espírito, ou que o Espírito Santo ora por nós? Ou Paulo tem em mente a combinação das duas ideias? Quer dizer, o fenômeno descrito aqui é o que conhecemos por orar em línguas (o qual, em 1 Co 14.14,15, Paulo chama orar com o Espírito), nas quais o Espírito Santo ora pelo indivíduo?
Há duas semelhanças sobre o que sabemos sobre o gemido do Espírito e a oração no Espírito: são expressões em oração que a mente não pode compreender (1 Co 14.2,6,11,13-19), e é o Espírito que ora. Em 1 Coríntios 14.2, Paulo fala de mistérios pronunciados ‘em espírito’. Ambos os textos descrevem o Espírito orando pelo crente enquanto este ora em línguas. Finalmente, Romanos 8.26,27 é comentário sobre a declaração em 1 Coríntios 14.4 de que ‘o que fala língua estranha edifica-se a si mesmo’. Somos ajudados em nossa fraqueza, ou seja, somos edificados, à medida que o Espírito intercede por nós de acordo com a vontade de Deus. A natureza da vontade de Deus por nós é o assunto ao qual o apóstolo se dedica nos versículos 28 e 29” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2004, pp. 872-73).



BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

GILBERTO, Antonio. Verdades Pentecostais. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2006.
Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2004.


SAIBA MAIS

Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 44, p.39.



EXERCÍCIOS

1. Como o crente estabelece e desenvolve um relacionamento profundo com Deus?
R. Por meio da oração.

2. O que é ação de graças?
R. Celebração da bondade divina.

3. Quem auxilia o crente nas orações?
R. O Espírito Santo.

4. O que sufoca o orgulho?
R. A reverência voluntária e o santo temor a Deus.

5. Você tem passado pelo o altar da oração?
R. Resposta pessoal.

Mais Subsídios


Lição 06 - Importância da oração na vida do crente





Chegar a uma teologia ou compreensão básica da oração deveria ser uma das principais prioridades de todo crente...



LEITURA EM CLASSE: Filipenses 4.4-9

INTRODUÇÃO

I. RECONHECENDO O VALOR DA ORAÇÃO 
II. A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NA ORAÇÃO DO CRENTE
III. COMO DEVE O CRENTE CHEGAR-SE A DEUS EM ORAÇÃO

CONCLUSÃO


ORAÇÃO: UM RELACIONAMENTO DE AMOR COM DEUS1


A oração é questão de amor
Chegar a uma teologia ou compreensão básica da oração deveria ser uma das principais prioridades de todo crente. Um estudo dos exemplos bíblicos de oração eficaz, [...] também reveste-se de vital importância. Mas enquanto o crente não se engaja verdadeiramente na oração, de maneira prática e significativa, a teologia e o estudo são de valor limitado. A oração não é respondida por que um crente sabe como ela funciona, mas porque conhece pessoalmente aqueEle a quem as orações são dirigidas. 
Antes de qualquer coisa, a oração é questão de amor. Não se trata de encontrar os métodos, as técnicas ou os procedimentos certos para persuadir a Deus a fazer aquilo que desejamos. A mais elevada forma de oração é a relação de amor entre dois corações (o do crente e o de Deus), que batem como se fosse um. Andar com Deus na mais doce comunhão da oração é uma relação contínua. É certo que Deus ouve o clamor cheio de pânico, pedindo ajuda e livramento do desastre ou da calamidade. Mas livrar o crente da tribulação, a fim de que ele possa voltar à sua rotina apática, não é propósito de Deus ao responder às orações. As aflições podem ser a maneira dEle dizer: “Venha a mim. Eu amo você, e desejo ter um recíproco e contínuo relacionamento de amor com você”.

Desenvolvendo o relacionamento de amor
Mas como é que alguém desenvolve esse amor que forma o alicerce de uma vida de oração eficaz? A pergunta mostra-se especialmente pertinente em se tratando do bem-estar material e das questões relacionadas aos dias de hoje. Os cuidados e os confortos da vida atraem o afeto humano a tudo, menos a Deus. E nem deve esse relacionamento de amor, que almeja a comunhão divina como o próprio Deus, vir apenas para fazer pedidos. Antes, deve ser nutrido e cultivado até chegar à maturidade. Começa com a prática regular das várias disciplinas da oração e cresce, com fiel persistência, até chegar a um belo relacionamento de amor com o Pai celeste. As orações são respondidas quando são enviadas ao céu por meio da linha do amor. É inteiramente inconcebível que um crente comum possa ser identificado com um crente cheio do Espírito, pentecostal ou carismático, sem ter um estilo de vida no qual a oração eficaz desempenhe um papel importante. 
[...] Seria tolice edificar os fundamentos de uma obra sem erigir uma construção em cima. Portanto, a busca da teologia e de exemplos bíblicos de orações respondidas são inúteis, a menos que uma prática diária de comunhão em oração seja edificada sobre esse alicerce.
[...] O crente sério deve sempre estar consciente da proximidade de um Deus pessoal, que deseja comunicar-se com seus filhos. E quando a mente e o coração estão livres dos cuidados deste mundo, que ocupam grande parte das horas em que estamos acordados, naturalmente nos voltamos àquEle com quem a comunhão é agradabilíssima.  

Reflexão: “Não há nenhum mandamento neotestamentário que requeira um número diário de orações ou um horário preestabelecido para essas orações. Cada crente, por sua própria iniciativa, deveria determinar e traçar um hábito pessoal de oração, pois sem isso é quase impossível que seja desenvolvida uma vida de oração eficaz”.

Nenhum comentário :

Postar um comentário