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Lição 11 - 12 de setembro de 2010 - (Dia Nacional de Missões) - O Dom Ministerial de Profeta e o Dom de Profecia

TEXTO ÁUREO

"E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas" (1 Co 12.28).

VERDADE PRÁTICA

Os dons espirituais e ministeriais são distintos, no entanto, ambos provêm de Deus e são indispensáveis à Igreja de Cristo.

HINOS SUGERIDOS 196, 210, 244

LEITURA DIÁRIA

Segunda - At 13.1 Os profetas na liderança da igreja
Terça - At 15.32 Silas é chamado de profeta
Quarta - 1 Co 14.29 Os profetas no culto cristão
Quinta -1 Co 14.32 Os profetas e seu autocontrole
Sexta - 1 Co 12.8-10 O dom de profecia entre os demais dons espirituais
Sábado - Rm 12.6 O uso do dom de profecia

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE  Efésios 4.11-14; 1 Coríntios 14.3

INTERAÇÃO

No AT podemos ver Deus falando com o seu povo através dos profetas. E Ele continua a falar e a revelar a sua vontade mediante a profecia. Vivemos tempos trabalhosos e muitos já não creem na ação e na existência dos autênticos profetas. Todavia, a Igreja do Senhor não pode desprezar as profecias (1 Ts 5.19-21), pois este dom foi concedido para a edificação, exortação e consolo da Igreja. O povo de Deus precisa ter discernimento para reconhecer os verdadeiros profetas. Esse discernimento é fruto do conhecimento bíblico e, dificilmente uma igreja, ou um cristão, que prioriza o estudo das Sagradas Escrituras será enganado ou confundido.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Estabelecer a diferença entre os dons ministeriais de apóstolos, evangelistas, pastores e doutores.
Explicar as semelhanças e diferenças entre o profeta do Novo e do Antigo Testamentos
Definir o dom de profecia.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, é importante que os alunos compreendam e saibam estabeler as diferenças entre dons espirituais e ministeriais. Sugerimos a utilização do quadro abaixo. Explique aos alunos que, embora haja variedade de dons espirituais, todos vêm do Espírito Santo e devem ser usados para a edificação do corpo de Cristo. Os dons não podem, em hipótese alguma, ser utilizados para manipular as pessoas ou trazer divisão à igreja. Precisamos usá-los com sabedoria, amor e para a glória de Deus.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

O assunto desta lição diz respeito a um dos aspectos decisivos da vida da igreja: a profecia no contexto neotestamentário. Tais manifestações devem passar pelo crivo das Escrituras Sagradas para que cumpram a sua finalidade: exortar, edificar e consolar (1 Co 14.3). Em 1 Coríntios 12, o apóstolo Paulo tratou do assunto, considerando os dois tipos de dons de profecia. Aquele que pode ser concedido pelo Espírito a qualquer crente (1 Co 12.10), e o outro destinado a crentes com chamada específica para esse ministério (1 Co 12.28).

I. OS DONS MINISTERIAIS

1. Distinção entre o colégio apostólico e o dom ministerial de apóstolo. É importante que façamos uma distinção entre o apóstolo, como dom ministerial, e os doze apóstolos de Cristo - os apóstolos do Cordeiro (Ap 21.14). Estes formavam um grupo distinto na Igreja Primitiva (Lc 6.12-16) e, por haverem recebido revelações especiais de Deus (Ef 3.5; Jd v.17), foram os responsáveis pelo alicerce doutrinário da Igreja (At 2.42; Ef 2.20). Quanto aos apóstolos dados à igreja, por intermédio do dom ministerial e cuja função é de "embaixador" (cf. 2 Co 8.23) e "enviado" (cf. Fp 2.25), são estes igualmente imprescindíveis à obra de Deus.

2. Uma consideração acerca dos dons ministeriais.

a) Apóstolos. Quando o Senhor Jesus Cristo proferiu uma de suas mais célebres afirmações "[...] edificarei a minha igreja" (Mt 16.18), não revelou como a edificaria. Em 1 Coríntios 3.10-14, Paulo menciona que, como sábio arquiteto, pôs o "fundamento, e outro edifica". O apóstolo dos gentios referia-se ao trabalho sequencial de edificação da igreja de Corinto que, na realidade, era fruto de seu labor missionário e da assistência pastoral dos líderes que passaram a atender àquele rebanho. A edificação da Igreja se dá através de homens a quem o Senhor Jesus qualificou para isso (1 Co 3.6-8).

b) Evangelistas. A igreja sempre necessita do dom de evangelista; trata-se de um pregador cheio do Espírito Santo e da Palavra, enviado à seara do Senhor (At 21.8; 2 Tm 4.5). Ele auxilia os pastores na expansão da igreja local, ganhando almas para Cristo.

c) Pastores e doutores. Alguns expositores do Novo Testamento entendem "pastores e doutores" como um só ministério. Talvez porque o texto não diz "e outros, doutores". Pastores e doutores são distintos, porém, não díspares; tratam-se de ministérios que se complementam. A tarefa do pastor é alimentar e proteger o rebanho; a do doutor, instruir a Igreja, assistindo os membros com a elucidação de questões doutrinárias e preservando a fé genuína. A responsabilidade de ambos, portanto, é cuidar do rebanho de modo que cada membro seja instruído e guiado e, por meio do ensino e do exemplo, mantenham a unidade da igreja, tendo a plenitude de Cristo como medida (Ef 4.13).

3. Objetivo dos dons ministeriais (Ef 4.12-14). É importante entender que o Senhor Jesus deu esses dons à igreja a fim de equipar os crentes para a obra do ministério (Ef 4.12). Dessa forma, o ensino bíblico constante e progressivo, sob a unção de Deus, atuará em suas vidas com o objetivo de impedi-los de serem levados por "todo o vento de doutrina" (Ef 4.14).

SINÓPSE DO TÓPICO (1)

Os dons ministeriais descritos pelo apóstolo Paulo em sua carta aos efésios (4.11-14) têm por finalidade o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério e a edificação do Corpo de Cristo.

II. OUTROS PARA PROFETAS" (EF 4.11A).

1. A importância do tema. Apesar de o termo "profeta" haver sido devidamente abordado nas lições anteriores, dado o seu caráter especial no contexto neotestamentário, é imprescindível considerá-lo à parte. Faz-se necessário entender que o seu emprego em o Novo Testamento é ainda mais amplo do que nas Escrituras veterotestamentárias.

2. A distinção entre apóstolo-profeta e profeta. O emprego do termo profeta em Efésios 4.11 apresenta sentido distinto daquele encontrado anteriormente nos textos de 2.20 e 3.5. Nessas duas passagens, trata-se de um mesmo grupo: os apóstolos-profetas. Paulo afirma, porém, em Efésios 4.11, que o Senhor Jesus "deu uns para apóstolos, e outros para profetas" deixando claro que se trata de ministérios diferentes. O contexto mostra que essa passagem (Ef 4.11) refere-se a pregadores irresistivelmente cheios do Espírito Santo, que cooperavam na edificação da Igreja (At 13.1), dedicando-se ao ensino e à interpretação da Palavra de Deus. Eles também dedicavam-se a explicar o cumprimento das profecias do Antigo Testamento, e punham-se a exortar, edificar e consolar a Igreja de Cristo.

3. As principais funções do profeta. Assim como no Antigo Testamento, o profeta do Novo não tem como função primária predizer o futuro. Sua atuação é, antes de tudo, atender às necessidades da igreja, uma vez que transmite a mensagem de Deus em tempos de crise (1 Co 14.3).

SINÓPSE DO TÓPICO (2)

O profeta no contexto neotestamentário possui como função primordial proclamar a revelação divina.

III. O DOM DE PROFECIA

1. A promessa do dom de profecia. O Senhor Deus, através do profeta Joel, prometeu derramar abundantemente do seu Espírito sobre os seus servos (Jl 2.28-32). Tal promessa, que iniciou o seu cumprimento a partir do Dia de Pentecostes e inclui especificamente o dom de profecia (Jl 2.28-32; At 2.16-21). Qualquer crente salvo pode ter o dom de profecia na nova dispensação (1 Co 14.24), independentemente de idade, sexo, status social e posição na igreja (At 2.17,18), tal como vemos nas quatro filhas de Filipe "que profetizavam" (At 21.9).

2. Definição. O dom de profecia, aqui abordado, é uma manifestação momentânea e sobrenatural do Espírito Santo, como um dos dons espirituais prometidos, e não um ministério. O maior valor da profecia é que ela, sendo de Deus, ao contrário das línguas estranhas, uma vez proferida, edifica a coletividade e não unicamente o que profetiza (1 Co 14.3-5).

3. Características. A Bíblia ensina que a profecia deve ser julgada na igreja e que o profeta deve obedecer ao ensino bíblico (1 Co 14.29-33). Não podemos esquecer que a profecia, nesse contexto, não se reveste da mesma autoridade da dos profetas e apóstolos das Sagradas Escrituras. Ninguém mais, depois deles, recebeu igual autoridade divina. O dom de profecia, na presente era, não é infalível e, portanto, é passível de correção. Pode acontecer de o profeta receber a revelação do Espírito Santo e, por fraqueza, imaturidade e falta de temor de Deus, falar além do que devia. Quem profetiza, portanto, deve ter o cuidado de falar apenas o que o Espírito Santo mandar, não alegando estar "fora de si" ou "descontrolado", pois "os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas" (1 Co 14.32).

SINÓPSE DO TÓPICO (3)

Os escritos neotestamentários evidenciam o exercício do ministério profético pelos apóstolos.

CONCLUSÂO

O nosso Deus nunca deixou de se comunicar com o seu povo. Ele continua a falar conosco, inclusive por meio do dom de profecia. O Senhor sempre cuida do progresso e edificação de sua Igreja. Por essa razão, Jesus deu à sua Noiva, apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio Teológico

"No contexto de uma unidade mantida por tais expressões de amor como humildade, mansidão, longanimidade e tolerância, são exercidos os dons distribuídos por Cristo, e se cumprem os objetivos de Cristo em seu corpo e a favor do seu corpo (4.7-10). Surpreendentemente, estes objetivos não se cumprem nos líderes que Cristo dá à igreja, mas nos leigos. Os líderes são servos cujo papel é equipar o povo de Deus para sua 'obra do ministério'. Por meio dos esforços de todos os seus membros, o corpo de Cristo é edificado (4.11-13). E por meio da participação ativa em um corpo que cresce, e que ministra de forma constante, o crente amadurece individualmente (4.14-16). Quer os líderes tenham grandes áreas de responsabilidade (apóstolos, profetas, evangelistas) ou somente responsabilidades locais (pastores e doutores), eles são ordenados para servir os leigos"
(RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. CPAD, 2007, pp.423,425).

VOCABULÁRIO
Arauto: Emissário, mensageiro.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

HORTON, Stanley M. I & II Coríntios: Os problemas da Igreja e suas soluções. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2006.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão

CPAD, nº43, p.41.

EXERCÍCIOS

1. Quais os tipos de dons que o apóstolo Paulo alistou em 1 Co 12.28?

R. Apóstolos, profetas, doutores, como chamada específicas para esses ministérios.

2. De acordo com o contexto neotestamentário, o que significa “profeta” em Efésios 4.11?

R. Pregadores irresistivelmente cheios do Espírito Santo.

3. Qual a razão de Jesus ter concedido os dons ministeriais à sua igreja?

R. Para cooperarem na edificação da igreja, na dedicação ao ensino e na interpretação da Palavra de Deus.

4. Qual deve ser o cuidado de quem profetiza?

R. É uma manifestação momentânea e sobrenatural do Espírito Santo.

5. Qual deve ser o cuidado de quem profetiza?

R. Falar apenas o que o Espírito Santo mandar.

Lição 9 - 29 de agosto de 2010 - Jesus - O Cumprimento Profético do Antigo Pacto

TEXTO ÁUREO

"E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos" (Lc 24.44).

VERDADE PRÁTICA

O Senhor Jesus é o centro das Escrituras Sagradas e está presente em seu conteúdo, história e instituições, de maneira direta e indireta.

HINOS SUGERIDOS 291, 380, 465

 LEITURA DIÁRIA
Segunda - Is 42.1-4 - Cristo é pregado até aos confins da terra
Terça - Lc 24.25-27 - O Antigo Testamento cumpre-se em Jesus
Quarta - At 26.22,23 - Os profetas falaram da futura Igreja de Jesus
Quinta -1 Pe 1.10,11 - O Espírito Santo revelou o Messias aos profetas
Sexta - Mt 12.40 - A missão de Jonas e a missão de Cristo
Sábado - Hb 9.11 - O tabernáculo é uma figura de Cristo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE    Atos 3.18-26

INTERAÇÃO
Prezado professor, como seus alunos têm recebido o assunto até aqui? Seu objetivo tem sido alcançado? Caro professor, a autoavaliação de seu desempenho ajudará muito o desenvolvimento da classe. A lição de hoje trata das profecias do AT cumpridas em Jesus. O apóstolo Pedro prega no Templo o cumprimento das profecias preditas pela boca de todos os profetas de Deus. Jesus é o Evento que já fora pregado pelos santos profetas, mas que agora devia ser aceito pelo povo de Deus. O apóstolo mostra que Jesus é o profeta que Deus levantaria para ser ouvido, conforme a profecia de Moisés. Jesus Cristo é o cumprimento das profecias!

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Identificar as figuras proféticas que apontavam para Cristo.
Explicar as profecias diretas sobre o nascimento de Jesus.
Reconhecer que as obras de Jesus foram e são proféticas.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, inicie a aula de hoje enfatizando que a fé cristã é embasada em um fundamento sólido. Leia os seguintes textos com seus alunos: Lucas 1.1-4 e Atos 1.1-4. Comente o exercício sério e inspirador (oriundo de Deus) feito por Lucas em seu trabalho de elaboração de ambos os livros, dando provas cabais de que Jesus ressuscitou e foi visto não por uma ou duas pessoas, mas por toda a comunidade cristã de Jerusalém. Esse fato se desdobra em 1 Coríntios 15, quando Paulo ratifica a doutrina da ressurreição de Cristo. Em seguida, reproduza o quadro abaixo (conforme as suas possibilidades), delineando o cumprimento profético do AT em Cristo. Você pode ainda enriquecer o quadro com outras profecias referentes a Cristo

COMENTÁRIO   -  INTRODUÇÃO

O conteúdo do Antigo Testamento acerca da obra redentora de Deus, em Cristo, é muito rico em detalhes e não se restringe às profecias. Os escritores do Novo Testamento reconhecem a presença de Cristo na história da redenção, nas instituições e nas festas sagradas do Antigo Testamento.

I. FIGURAS PROFÉTICAS

1. As prefigurações. A paixão de Cristo foi prefigurada na instituição da páscoa, no Egito (Êx 12.3-13). O cordeiro sacrificado diariamente apontava para Cristo que padeceu durante a comemoração dessa grande festa judaica (Lc 22.15), pois "Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós" (1 Co 5.7). Os sofrimentos de Davi, descritos no Salmo 22, prefiguram os vitupérios e flagelos de Jesus: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (Sl 22.1; Mt 27.46; Mc 15.34).

2. A linguagem profética. Ao retornar do Egito, a sagrada família foi habitar em Nazaré: "E chegou e habitou numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que fora dito pelos profetas: Ele será chamado Nazareno" (Mt 2.23). O profeta Jeremias, por exemplo, predisse que Jesus seria traído conforme lemos em Mateus 27.9. Leia também o que escreveu Zacarias (Zc 11.12,13). Os profetas, segundo podemos observar, eram harmônicos entre si, pois todos eram inspirados por um único Espírito - o Espírito Santo de Deus.

RESUMO DO TÓPICO (1)

A profecia do Antigo Testamento fala por intermédio de prefigurações, tanto por imagens quanto por linguagem profética. .

II. INSTITUIÇÕES PROFÉTICAS

1. Israel. Quando José, Maria e o menino Jesus retornaram do Egito, depois da morte de Herodes, o Grande, Mateus registrou esse fato como o cumprimento de uma profecia: "Do Egito chamei o meu Filho" (Mt 2.15). Essa passagem está em Oseias 11.1: "Quando Israel era menino, eu o amei; do Egito chamei a meu filho". Qualquer hebreu do mundo pré-cristão, ao ler essa passagem, logo concluiria tratar-se da saída dos filhos de Israel do Egito, e não estaria errado, pois o profeta está, de fato, referindo-se ao evento da libertação do Egito. No entanto, vemos aqui também uma profecia messiânica.

2. O tabernáculo. Representava a presença de Deus no meio do povo. Deus mandou Moisés construir o tabernáculo, porque almejava habitar no meio dos filhos de Israel: "E me farão um santuário, e habitarei no meio deles" (Êx 25.8). No tabernáculo (Êxodo caps. 25 - 40) está a figura de Cristo: "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1.14). Não somente isso, mas cada peça e utensílio do tabernáculo apontam igualmente para Cristo e sua obra salvífica (Hb 9.8-10).

3. O sacerdócio. A ordem de Arão, também conhecida como sacerdócio levítico, foi instituída por Moisés como o sistema sacerdotal dos hebreus. Era o exercício do santo ministério no Antigo Testamento. A consagração de Arão e o seu ministério prefiguram a obra de Cristo; isso está muito claro na epístola aos Hebreus (Hb 5.4,5). Já no Antigo Testamento, a palavra profética anunciava a mudança no sistema sacerdotal (Jr 31.31-34; Hb 8.8-12) e a substituição do sacerdócio arônico pela ordem sacerdotal de Melquisedeque (Sl 110.4; Hb 7.11,17).

RESUMO DO TÓPICO (2)

Israel, o Tabernáculo e o Sacerdócio são instituições proféticas que identificam o Messias nas profecias para o seu povo.

III. PROFECIAS DIRETAS ACERCA DO NASCIMENTO DE JESUS

1. A origem humana de Jesus. Imediatamente à Queda do homem, no Éden, Deus prometeu o Redentor, no entanto, o seu perfil foi sendo revelado por Ele, nas Escrituras, ao longo do tempo. O Antigo Testamento anunciou de antemão a divindade absoluta do Messias (Is 9.6; ler também Hb 1.8; Rm 9.5). Quanto à origem humana de Jesus, Ele é chamado de semente da mulher (Gn 3.15), ou seja, seria um ser humano nascido de mulher (Gl 4.4), mas sem pecado (Mt 1.20; Hb 4.15).

2. O descendente dos patriarcas de Israel. Deus prometeu a Abraão, Isaque e Jacó, ancestrais do povo hebreu, que por meio deles seriam abençoadas todas as famílias da terra, uma promessa messiânica (Gn 12.3; 17.19; 24.14), que se cumpriu em o Novo Testamento (Lc 3.33, 34). A palavra profética foi tornando-se cada vez mais clara e específica, e revelou que Ele viria da descendência de Judá (Gn 49.10), o que se cumpriu (Hb 7.14). Os profetas disseram que o Salvador seria um descendente de Davi (Jr 23.5,6) e essa palavra também se cumpriu (Mt 22.42; Lc 1.32; Jo 7.42; Rm 1.3; Ap 22.16).

3. Nascido de uma virgem. A palavra profética fala da concepção virginal de Cristo (Is 7.14). Deus interveio sobrenaturalmente, a fim de que a virgem concebesse sem haver tido qualquer contato com um homem. No entanto, havia uma dificuldade natural para que a profecia se cumprisse. Como poderia uma donzela aparecer grávida numa sociedade crente em Deus e conservadora como a judaica? Mas Deus tudo providenciou para que a sua palavra se cumprisse. Maria já estava casada; todavia, ainda não havia coabitado com José, seu marido (Mt 1.18; Lc 1.34,35).

4. O local de nascimento de Jesus. Quando o anjo Gabriel anunciou a Maria o nascimento de Jesus, ela vivia em Nazaré (Lc 1.26, 27). A palavra profética, porém, indica a cidade de Belém de Judá como o local do nascimento do Messias (Mq 5.2). Para isso, Deus mobilizou o próprio imperador romano, César Augusto, para que baixasse um decreto, obrigando cada pessoa em Israel a alistar-se na cidade de seu nascimento. Sendo José belemita, foi com Maria para Belém, ocasião em que ela deu à luz o Salvador (Lc 2.9-11).

5. O massacre das crianças de Belém. O brutal assassinato das crianças da região de Belém por ordem de Herodes, o Grande (Mt 2.16), foi o cumprimento de uma profecia de Jeremias (Jr 31.15).

RESUMO DO TÓPICO (3)

O perfil do nascimento do Redentor foi revelado por Deus através do desdobramento profético nas Escrituras.

IV. PROFECIAS SOBRE AS OBRAS DE JESUS

1. A visão messiânica em Moisés (vv.22,23). O Novo Testamento revela que o povo judeu aguardava a vinda do Messias, conforme escrevera Moisés: "havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na Lei" (Jo 1.45). O apóstolo Paulo explicou: "dando testemunho, tanto a pequenos como a grandes, não dizendo nada mais do que os profetas e Moisés disseram que devia acontecer" (At 26.22). O apóstolo Pedro, na sua pregação na área externa do Templo, afirma que Moisés anunciou a vinda do Messias, e que a missão deste seria semelhante à do legislador dos hebreus - fazer a mediação entre o povo e Deus (1 Tm 2.5).

2. Sua vida e ministério. O profeta Isaías anunciou que o Messias haveria de habitar em Naftali, nos confins de Zebulon (Is 9.1-4); o Novo Testamento o confirma (Mt 4.13). O profeta Zacarias predisse a sua entrada triunfal em Jerusalém, montado num jumento (Zc 9.9); os Evangelhos registram o referido acontecimento (Mt 21.1-11). A palavra profética anuncia também a sua traição; seria traído por um amigo (Sl 41.9), ou seja, por Judas Iscariotes (Mt 26.14-16; Jo 13.2; 17.12).

3. Seu sofrimento, morte e ressurreição (vv. 18,26). O Antigo Testamento anunciou com abundância de detalhes a paixão de Cristo, principalmente o capítulo 53 de Isaías (ver Lição 5). Todavia, Deus prometeu ressuscitá-lo da morte (Sl 16.10); os Evangelhos narram esse sublime acontecimento (Mt 28.1-5). O apóstolo Pedro ressalta esse fato e o seu cumprimento (At 2.25-32), o qual tornou-se o tema principal da mensagem apostólica (1 Co 15.4-20). Seu retorno ao céu também estava na mensagem dos profetas (Sl 24) e cumpriu-se 40 dias depois de sua ressurreição (At 1.9-11).

RESUMO DO TÓPICO (4)

As profecias do Antigo Testamento anunciam com detalhes o sofrimento, a morte e a ressurreição do Senhor Jesus.

CONCLUSÂO

Jesus é o começo e o fim do Antigo Testamento, cujos livros concentram-se no Messias. Ele é o centro das Escrituras Sagradas. Tudo o que estudamos na presente lição prova de maneira consistente e robusta que é impossível a alguém manipular tais circunstâncias, a fim de forçar o cumprimento das profecias bíblicas.


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio Teológico - Sobre o nascimento virginal de Jesus

Isaías 7, com sua promessa de um filho que nascerá, é o pano de fundo do nascimento virginal. Muitas controvérsias têm girado ao redor do termo hebraico 'almah, conforme usado em Isaías 7.14. A palavra é usualmente traduzida por Virgem, embora algumas versões traduzam-na por Jovem. No AT, sempre que o contexto oferece uma nítida indicação, a palavra significa uma virgem com idade para casamento. Parece que, no contexto dos capítulos 7 e 8 de Isaías, a profecia a respeito de 'almah tinha um significado bastante importante para a época do profeta. Em primeiro lugar, a profecia não fora direcionada somente ao rei Acaz, mas à totalidade da casa de Davi. O Senhor prometeu um sinal sobrenatural, não para Acaz, mas para a casa de Davi, sinal este que manteria sua importância no decurso da História. Note que o nome do menino seria Emanuel, Deus conosco. O uso de Isaías 7.14, em Mateus 18.22, indica sua grande importância para a compreensão do nascimento do Senhor Jesus Cristo. O Evangelho de Mateus relata que a gravidez de Maria foi causada pela ação do Espírito Santo sobre ele, quando então concebeu Jesus no seu ventre. José, noivo de Maria, não o acreditou, até o anjo informar-lhe a respeito. Uma vez ocorrida a concepção, estava claro que se tratava do cumprimento da profecia de Isaías 7.14"

(HORTON, S. M. Teologia Sistemática. CPAD, 2009, pp.323-24).

VOCABULÁRIO

Linguagem: Sistema organizado de comunicação por sinais entre indivíduos.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro. 12.ed. CPAD, 2009.

LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed (ed.). Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. Rio de Janeiro. 1. ed. CPAD, 2008.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão CPAD, nº 43, p. 40.

EXERCÍCIOS
1. De que se trata a profecia de Mt 2.23?
R. Do Messias que seria chamado o Nazareno.

2. Que figura encontramos no Tabernáculo?
R. A figura de Cristo.

3. Quem Deus mobilizou para fazer cumprir a profecia em Belém da Judeia?
R. O imperador romano César Augusto.

4. Que lugar no Antigo Testamento fala a respeito da ressurreição de Cristo?
R. Em Salmos 16.10.

5. O que Jesus é em si mesmo em relação ao Antigo Testamento?
R. É o começo e o fim do Antigo Testamento, o centro das Escrituras.

Lição 3 - 18 de julho de 2010 - As Funções Sociais e Políticas da Profecia

TEXTO ÁUREO


"Não havendo profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei, esse é bem-aventurado"
(Pv 29.18).


VERDADE PRÁTICA

O objetivo principal da profecia bíblica é levar o homem a amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, a fim de que haja ordem e bem-estar social.

HINOS SUGERIDOS 306, 508, 557


LEITURA DIÁRIA


Segunda - Jr 7.2  - Moisés e os direitos humanos

Terça - Jr 7.3 - Ninguém está acima da Lei

Quarta -Jr 7.4 - Governantes que decretam leis injustas

Quinta -Jr 7.11 - A ação social é tema dos profetas

Sexta - Jr 7.12 - O direito do estrangeiro, do órfão e da viúva

Sábado - Jr 7.10 - A profecia apregoa a paz, a harmonia e a justiça social

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Jeremias 34.8-11,16,17

INTERAÇÃO

Professor, você já pensou que papel social e relevante a igreja tem na sociedade contemporânea? As questões políticas e sociais foram assuntos tratados pelos profetas em sua época. Muitos deles quando estavam diante do rei, tinham a incumbência de falar o que era pertinente ao andamento do reinado (Jr 28.1-3; 11,12-14). Não eram poucos os reis israelitas, que consultavam os profetas para construir estratégias de cunho político para a nação (2 Rs 22.14-20). Como coluna e firmeza da verdade a Igreja deve, através de suas ações, denunciar injustiças sociais e também amparar os injustiçados (Mt 25.35-46).


OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Explicar  o papel político e social da profecia..

Conhecer a relação do profeta com a questão de ordem social da nação.

Conscientizar-se de que a Igreja tem o mesmo princípio profético de denunciar as injustiças, amparando os injustiçados.


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, leia o texto bíblico de Tiago 2. 14-18; 4.17 e pergunte aos seus alunos "o que é justiça social?" Exponha na lousa as principais respostas. Com o auxílio do quadro abaixo, conceitue para eles os seguintes termos: Política e Justiça Social. Estabeleça um diálogo a fim de demonstrar a relevância que a igreja pode ter frente às mazelas de nossa sociedade. Você, professor, poderá enriquecer esse conceito acrescentando maiores exemplos, fazendo uma relação com as respostas dadas pelos alunos. Após a exposição conceitual, procure extrair dos alunos alguns pensamentos pautados pela Palavra de Deus sobre a relação: Igreja e Justiça Social. Boa aula!

COMENTÁRIO


INTRODUÇÃO

A Bíblia mostra clara e constantemente o interesse divino pelo bem-estar social dos seres humanos. A justiça social está presente na Lei e nos Profetas, abrangendo o aspecto político e religioso. Os profetas de Israel combatiam a injustiça social com o mesmo ímpeto com que atacavam a idolatria. Ainda que muitos deles não foram ouvidos em sua geração, contudo, preconizaram um modelo ético de alto nível para a sociedade de Israel e para todos os povos

I. O PAPEL POLÍTICO E SOCIAL DA PROFECIA NAS ESCRITURAS

1. O profeta e o povo. Antes da instauração da monarquia em Israel, os profetas eram vistos como figuras centrais pela sociedade, pois eram os únicos canais humanos e legítimos de comunicação entre Deus e o povo. Os arautos de Deus eram líderes não apenas religiosos, mas também políticos, cujas atividades proféticas cumpriam importantes funções de ordem política e social. Isso pode ser percebido claramente em Moisés (Dt 34.10-12) e Samuel que, inclusive, iniciou o seu ministério num período em que a profecia era escassa (1 Sm 3.1,20,21; 7.15-17).
2. O profeta e o rei.  A partir do reinado de Davi, os profetas passaram a fazer parte do grupo de conselheiros do rei. Natã e Gade são exemplos desse período (2 Sm 7.17; 24.18,19). Suas profecias tinham não somente uma função política, mas também eram importantes para a manutenção da ordem social.
3. O profeta marginalizado. No período dos reis de Israel e Judá, os profetas de Deus ficaram fora dos círculos reais, com exceção de Isaías (39.3). O ministério do profeta messiânico se estendeu até os dias do rei Manassés que, segundo a tradição rabínica, mandou serrar Isaías ao meio (Hb 11.37). Com a decadência espiritual dos monarcas de Israel, os profetas desenvolveram seu ministério distante do culto central. Dessa forma, se empenharam em mudar a estrutura social tanto em Samaria como em Jerusalém, diante de tanta corrupção e injustiça generalizada.

SINÓPSE DO TÓPICO (1)

A profecia exercia um papel fundamental na esfera política e social em Israel, haja vista os ministérios dos profetas Moisés, Samuel, Natã, Isaías e Jeremias.

II. O PROFETA É ENVIADO AO REI

1. O princípio do fim do reino de Judá. Como vimos na leitura bíblica, embora tenha jurado lealdade e obediência aos babilônios (2 Cr 36.11-14) e, por isso, reinado onze anos em Jerusalém, o rei Joaquim (que teve o seu nome mudado pelo rei da Babilônia, o qual passou a chamá-lo de Zedequias) rebelou-se contra o rei dos caldeus no oitavo ano de seu reinado (2 Rs 24.8-17). Mesmo já estando Judá sob o domínio babilônio, tal postura ocasionou a destituição do rei Joaquim por Nabucodonosor em 598 a.C., que mandou levá-lo para a capital do Império e colocou seu tio, Matanias,  em seu lugar.
2. Profecia dirigida ao rei (v.2). O exército dos caldeus, liderando as demais tropas dos povos conquistados, estava à volta de Jerusalém esperando o assédio final. Jeremias já vinha anunciando durante décadas o trágico fim do reinado de Judá (1.15; 5.15; 6.22; 10.22; 25.9). Mesmo assim, em seus oráculos havia esperança de livramento da parte de Deus se o povo se arrependesse de seus pecados e renunciasse às injustiças sociais (7.5-7; 22.3,4). O rei juntamente com os seus príncipes e a maior parte do povo rejeitaram a mensagem de Jeremias e a dos demais profetas (2 Cr 36.12,15,16). Agora, cerca de 40 anos depois de proferir esse discurso, Deus encarrega o próprio Jeremias de comunicar ao rei que a destruição de Jerusalém é irrevogável: "Eis que eu entrego esta cidade nas mãos do rei da Babilônia, o qual a queimará" (v.2).
3. O destino do rei Zedequias é anunciado (v.3). Se quisesse ter paz, o povo deveria se submeter ao rei da Babilônia, pois Jeremias afirmava em sua mensagem que o cativeiro haveria de durar 70 anos (25.11-14; 29.4-10). Além disso, segundo a profecia divina proferida por Jeremias contra o rei Zedequias: este seria entregue nas mãos do rei de Babilônia (v.3).
Infelizmente, os contemporâneos deste profeta acreditavam mais na mensagem de um falso profeta chamado Hananias, que incitava o povo a se levantar contra o rei de Babilônia, dizendo - mentirosamente - que em dois anos seria quebrado o jugo dos caldeus (28.11). Por isso, esse profeta era visto com desconfiança, como um espião em favor dos inimigos, e tido como traidor (37.13).

SINÓPSE DO TÓPICO (2)

A questão social em Israel era tão relevante para o Senhor que, por ignorá-la, Zedequias e o povo foram severamente castigados.

III. A QUESTÃO DE ORDEM SOCIAL

1. A liberdade dos escravos hebreus (vv.8-10). A legislação hebraica sobre o escravo hebreu era diferente da do escravo estrangeiro. Por razões de falência econômica, o israelita se vendia como escravo ao seu irmão, porém, Moisés limitou a escravidão de hebreus ao período máximo de seis anos, quando este devia ser liberto (Êx 21.2; Dt 15.1-18). Esse preceito, porém, não era observado (v.14). Quando Jerusalém estava sitiada pelos caldeus, Zedequias resolveu libertar os escravos, esperando com isso o livramento divino. Era, infelizmente, tarde demais e, acima de tudo, tratava-se de uma reação artificial e interesseira.
2. A alforria dos escravos é cancelada (v.11). O profeta Jeremias anunciou que o rei do Egito retornaria a sua terra e o cerco da Cidade Santa pelos caldeus recomeçaria (Jr 37.5-8 - Convém salientar que os capítulos do livro de Jeremias não estão em ordem cronológica). Entretanto, os fatos de Faraó ter vindo em socorro de seu aliado Judá, o cerco de Jerusalém ter sido suspenso e os caldeus se retirado, fizeram com que o rei Zedequias e os seus príncipes não acreditassem no profeta de Deus. Assim, pensando estarem salvos do perigo, revogaram a lei da libertação dos escravos (v.11).
O pecado maior deles consistiu em desfazer um concerto religioso feito em nome de Deus e no Templo: "[...] e tínheis feito diante de mim um concerto, na casa que se chama pelo meu nome" (v.15). A cerimônia de libertação dos escravos foi um pacto feito no Templo, quando eles sacrificaram um bezerro, dividindo-o ao meio, passando em seguida entre as metades (v.18). Esse, aliás, era  um método dos povos antigos de ratificar um tratado (Gn 15.10,17). Esse ritual significa que a parte que violar o pacto terá o mesmo destino do animal sacrificado. Assim, este era um ato ignominioso de traição e de deslealdade, acrescido do perjúrio (Êx 34.18,20).
3. A indignação divina (vv.16,17). Em vez dos babilônios, foi o próprio Deus quem liberou a espada para a destruição de Judá. A reação divina contra a atitude indigna e vergonhosa de Zedequias, de seus príncipes e dos grandes de Judá, tinha a sua razão de ser. A parte final do capítulo 34 descreve o duro juízo do Senhor sobre o povo escolhido.

SINÓPSE DO TÓPICO (3)

A questão social em Israel era tão relevante para o Senhor que, por ignorá-la, Zedequias e o povo foram severamente castigados.

CONCLUSÂO

A palavra dos profetas não foi vã, eles lutaram por uma causa nobre, ainda que, como foi dito, não foram ouvidos em sua geração. Não obstante, seus ideais atravessaram os séculos e até hoje impressionam políticos, filósofos, economistas, intelectuais, religiosos etc. Em frente ao edifício das Nações Unidas, em Nova Iorque, encontra-se um monumento chamado "Parede de Isaías", no Parque Ralph Bunche, onde está escrita a seguinte profecia: "[...] uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra" (Is 2.4 - ARA). Há somente um que tem poder para transformar essa expectativa profética em realidade, Ele se chama Senhor Jesus Cristo, o Príncipe da Paz (Is 9.6).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio Bibliológico
Zedequias
Era um governador fraco e inseguro. Em uma audiência com Jeremias, confessou seus temores e apelou ao profeta que não comentasse o assunto com quem quer que fosse (38.14-28). Todavia, aparentemente, ele tomou a iniciativa de persuadir o povo a que concordasse com a libertação dos escravos hebreus, após o período legal de sete anos. Deus o recompensara por este ato de piedade, independentemente de sua motivação.
Escravidão
Em Israel, esta instituição era diferente da praticada em outras sociedades do mundo antigo. Um jovem hebreu podia ser comprado, mas somente seria mantido como escravo por um período de sete anos. Ao final deste tempo, seu senhor deveria libertá-lo, suprindo-o generosamente com recursos suficientes para iniciar uma nova vida. Em suma: na lei mosaica, a escravidão era mecanismo social destinado a proteger o pobre, habilitando-o a alcançar a condição de auto-sustento. Em Judá, entretanto, a escravidão fora corrompida, pois as pessoas ricas escravizaram para sempre seus patriotas judeus. A intenção inicial de uma provisão caridosa ao pobre se desvirtuara ao se transformar numa instituição opressora
 (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. 1.ed. RJ, CPAD, 2005, p.469).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOII

Subsídio Teológico
"O nosso próximo é uma pessoa, um ser humano, criado por Deus. E Deus não o criou como uma alma sem corpo (para que pudéssemos amar somente sua alma), nem como um corpo sem alma (para que pudéssemos preocupar-nos exclusivamente com seu bem-estar físico), nem tampouco um corpo-alma em isolamento (para que pudéssemos preocupar-nos com ele somente como um indivíduo, sem nos preocupar com a sociedade em que ele vive). Não! Deus fez o homem um ser espiritual, físico e social. Como ser humano, o nosso próximo pode ser definido como "um corpo-alma em sociedade". Portanto, a obrigação de amar o nosso próximo nunca pode ser reduzida para somente uma parte dele. Se amamos nosso próximo como Deus o criou (o que é mandamento para nós), então, inevitavelmente, estaremos preocupados com o seu bem-estar total, o bem-estar do seu corpo, da sua alma e da sua sociedade. [...] É verdade que o Senhor Jesus ressurreto deixou a Grande Comissão para a sua Igreja: pregar, evangelizar e fazer discípulo. E esta comissão é ainda a obrigação da Igreja. Mas a comissão não invalida o mandamento, como se 'amarás o teu próximo' tivesse sido substituído por 'pregarás o Evangelho'. Nem tampouco reinterpreta o amor ao próximo em termos exclusivamente evangelísticos. Ao contrário, enriquece o mandamento amar o nosso próximo, ao adicionar uma dimensão nova e cristã, nomeadamente a responsabilidade de fazer Cristo conhecido para esse nosso próximo"
(STOTT. John R. W. Cristianismo Equilibrado. Rio de Janeiro, CPAD, pp.60-1).

VOCABULÁRIO

Monarquia: Estado ou forma de governo em que o soberano é monarca.
Monarca: Soberano vitalício e, comumente, hereditário, duma nação ou Estado.
Legislação: O conjunto de leis.
Alforria: Liberdade concedida ao escravo.
Salientar: Destacar-se em relação alguma coisa.
Ignominioso: Que traz ou envolve infâmia.
Perjúrio: Ato ou efeito de perjurar (jurar com falsidade).


BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. 1ª ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2005.
STOTT. John R. W. Cristianismo Equilibrado. Rio de Janeiro, CPAD.


SAIBA MAIS

Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 43, p. 37.


EXERCÍCIOS


1. Quem eram as figuras centrais em Israel no período que antecedeu a monarquia?
R. Os profetas.

2. Por que o profeta Jeremias era visto com desconfiança, como traidor da nação?
R. Porque os contemporâneos de Jeremias acreditavam mais no falso profeta chamado Hananias.

3. O que esperava o rei Zedequias com a libertação dos escravos?
R. O livramento divino.

4. Por que Zedequias revogou a libertação dos escravos?
R. Porque ele e os seus príncipes pensavam estar salvos do perigo.

5. Quem é o único que pode trazer a paz entre as nações?
R.  Jesus Cristo.

Lição 13 - 28 DE MARÇO DE 2010 - SOLENES ADVERTÊNCIAS PASTORAIS

 TEXTO ÁUREO

"Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos"
(2 Co 13.5a).

 VERDADE PRÁTICA

Uma das responsabilidades pastorais é disciplinar a igreja com amor, a fim de que esta desenvolva-se espiritualmente sadia.
HINOS SUGERIDOS 298, 305, 340

 LEITURA DIÁRIA

 Segunda
Rm 12.16
"Sede unânimes"
 Terça
Rm 15.1
Suportai as fraquezas dos fracos
 Quarta
Fp 2.3
"Nada façais por contenda"
 Quinta
Fp 4.4
"Regozijai-vos, sempre, no Senhor"
 Sexta
Cl 3.1
"Buscai as coisas que são de cima"
 Sábado
Cl 4.6
"A vossa palavra seja sempre agradável"


 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 Coríntios 12.19-21; 13.5,8-11

 INTERAÇÃO

Professor, chegamos ao final de mais um trimestre. A conclusão de uma etapa é sempre um bom momento para se fazer uma avaliação. Paulo, ao concluir a Segunda Epístola aos Coríntios também convida os crentes para uma auto-avaliação: "Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos" (13.5).  O apóstolo exorta a todos para que façam exames espirituais periódicos a fim de ver se ainda estavam na fé. Havia na igreja um grupo que exigia "provas" de que Cristo falava por Paulo (2.13.3), agora é Paulo quem exige que eles se examinem e provem se estão vivendo mediante a fé em Cristo Jesus. Que você possa seguir triunfante o caminho da fé e conduzir seus alunos neste caminho, que levará até o Céu.

TEMAS

O QUE APRENDEMOS
Provas
Paulo experimentou grande sofrimento, perseguição e oposição em seu ministério.
Deus é fiel. Seu poder é suficiente para nos capacitar a enfrentar qualquer dificuldade.
Disciplina
Paulo defende seu papel na disciplina da igreja. Nenhuma imoralidade nem qualquer falso ensino deveriam ser ignorados.
A meta de toda disciplina na igreja deve ser a correção, não a vingança. Devemos agir com amor em todas as situações.
Esperança
Para encorajar os coríntios em meio às provações, Paulo os lembrou de que receberiam novos corpos no céu.
Receberemos novos corpos. Nosso serviço fiel resultará em triunfo.
Sã Doutrina
Os falsos mestres desafiaram o ministério e a autoridade de Paulo como apóstolo. A sinceridade de Paulo, seu amor a Cristo e sua preocupação com as pessoas eram sua defesa.
Nossa motivação em servir ao Senhor e ensinar sua Palavra está no nosso amor a Ele.


 OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Refletir a respeito da firmeza e determinação do apóstolo Paulo.
Compreender que o objetivo da disciplina na igreja é edificar moral e espiritualmente as pessoas, e não destruí-las.
Saber que o amor fraternal deve prevalecer na vida do cristão autêntico.

 ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Para a finalização do trimestre, reproduza o quadro da página ao lado. Utilize-o ao concluir a lição. Mostre aos seus alunos os principais temas encontrados na segunda epístola aos Coríntios. Conclua perguntando à classe o que aprenderam de mais significativo durante o trimestre e que gostariam de relatar à turma. .

 COMENTÁRIO


INTRODUÇÃO

Palavra-Chave
Advertência
Ato de admoestar, aviso, conselho.


Nos capítulos finais desta segunda epístola, Paulo conclui a defesa de sua autoridade apostólica com uma série de advertências à igreja de Corinto e a prepara para a sua terceira visita pastoral. Na primeira visitação, ele a estabeleceu; na segunda, teve uma experiência dolorosa (2.1; 7.12). Agora, porém, apronta-a para uma visita conciliadora e, ao mesmo tempo, disciplinar (13.1,2). Sua responsabilidade pastoral era muito grande, por isso, esforçava-se para solucionar as dúvidas e consolidar a fé dos santos que viviam em Corinto.

I. PREOCUPAÇÕES PASTORAIS DE PAULO (12.19-21)

1. Defender seu apostolado em Cristo (v.19). Paulo, mais uma vez, deixa claro que sua intenção não é se justificar diante de seus acusadores, mas defender seu ministério perante o Senhor que havia lhe chamado. Sua defesa, portanto, tinha por objetivo provar à igreja que Deus era o seu Juiz, e sua comunhão com Cristo dava-lhe autoridade para pregar e representá-Lo na terra.
2. O temor de Paulo em relação à igreja de corinto (v.20). O apóstolo afirma aos coríntios: "Porque receio que, quando chegar, vos não ache como eu quereria" (v.20). A expressão indica sua preocupação com a igreja, pois alguns crentes achavam-se em falta diante da congregação e diante de Deus. Como poderia ele, sendo apóstolo e líder espiritual daquele rebanho, deixar as ovelhas sem a ministração da Palavra de Deus? Por que ele deixaria de usar sua autoridade apostólica em Cristo?  Paulo estava ciente de que não podia, como pastor, deixar de tratar os pecados que haviam comprometido a qualidade espiritual daquele rebanho.
Portanto, ele toma atitudes disciplinares severas com relação aos seus membros, a fim de que por ocasião de seu retorno à igreja não encontrasse os mesmos problemas.
3. A situação da igreja de Corinto (v.20,21). Os pecados que destruíam os alicerces dos coríntios tinham de ser eliminados: pendências judiciais, invejas, iras, porfias, difamações, mexericos, orgulhos, tumultos, imundícia, prostituição e desonestidade. Tudo isso evidenciava o quê? Eles ainda não estavam andando plenamente no Espírito.
Lendo a lista acima, nem parece tratar-se de uma igreja com tantos dons. Contudo, isso significa que a espiritualidade de uma igreja não pode ser avaliada pela quantidade de dons, mas pelo seu caráter e amor a Deus e ao próximo. Tais pecados estavam corrompendo os bons costumes, anulando a ética cristã e promovendo dissensões e divisões entre os santos. A disciplina de Paulo parece dura, no entanto, é amorosa, uma vez que ele menciona sua tristeza e frustração por aqueles que, porventura, não se arrependessem (v.21).

SINOPSE DO TÓPICO (1)
A defesa de Paulo tinha por objetivo provar à igreja que Deus era o seu Juiz, e que a sua comunhão com Cristo dava-lhe autoridade para falar e representá-lo na terra.


II. O PROPÓSITO DA DISCIPLINA DA IGREJA POR PAULO (12.21; 13.2-4)

1. Promover a paz e o arrependimento dos pecadores (vv.12.21; 13.2). Paulo deseja fortalecer a fé e desenvolver o amadurecimento espiritual da igreja de Corinto. Para levar os pecadores ao arrependimento, teria de ser rigoroso em sua repreensão. Os problemas de ordem moral exigiam uma postura firme do apóstolo. Caso contrário, as ações diabólicas para destruir a igreja não seriam neutralizadas.
2. Afirmar o caráter cristão de seu apostolado (13.2,3). Considerando que seu apostolado tinha sido concedido pelo Senhor Jesus e que este era seu modelo de líder-servidor, nada mais coerente do que a postura rígida de Paulo contra os pecadores impenitentes. Assim como o Senhor Jesus agia com esses (Mt 23.13-33), o apóstolo também deveria agir, a fim de que os crentes em Corinto pudessem constatar o poder de Cristo em seu ministério.
 A Bíblia afirma que o Senhor disciplina aos seus amados filhos, portanto, a correção dos pecados daquela igreja pelo apóstolo revelava o amor que ele, em Cristo, nutria por aqueles crentes.

SINOPSE DO TÓPICO (2)
Os problemas de ordem moral exigiam uma postura firme. Caso contrário, as ações diabólicas para destruir a igreja não seriam neutralizadas.


III. ALGUMAS RECOMENDAÇÕES FINAIS (VV.5-11)

1. Paulo encerra sua carta com uma advertência (13.5).  O apóstolo recomenda aos crentes que examinem-se e provem-se, a fim de verificarem se Jesus Cristo, de fato, habita neles.
Até o momento Paulo vinha defendendo seu ministério e sua fé, no entanto, agora, ele resolve testar os cristãos daquela igreja ao admoestá-los que realizem um autoexame. Ora, se Cristo verdadeiramente habita neles, não correm o risco de serem reprovados (v.5). Essa certeza é alimentada pela presença imanente de Cristo em suas vidas. Se não estão reprovados perante o Senhor, não há o que se duvidar da autenticidade do ministério apostólico de Paulo.
Paulo sabe que os fiéis não temerão uma autoavaliação e espera que, assim como reconheceram sua fé em Cristo, sejam capazes de reconhecer o relacionamento sincero e fiel dele com Cristo.
2. Paulo encerra sua carta com um desejo (13.7-9). Ele deseja que aqueles cristãos sejam aprovados nessa autoavaliação. Nesses versículos, o apóstolo demonstra que não pensava em sua própria aprovação, mas no bem estar espiritual da igreja. O desejo sincero de Paulo é evidente: "e o que desejamos é a vossa perfeição" (v.9).
3. Últimas recomendações (13.11). Parece contraditório regozijar-se após tantas advertências, mas eles deveriam estar felizes por serem disciplinados, porque isso revelava o amor de Deus Pai (Hb 5-11).
Paulo também recomenda que os coríntios busquem a maturidade cristã, a fim de que não sejam enganados por falsos mestres.
A expressão "sede consolados" quer dizer "sede encorajados". O apóstolo desejava que sua carta servisse de motivação para a mudança de comportamento dos crentes daquela igreja. Por último, ele admoesta-os a serem de um mesmo parecer e a viverem em paz. Isto é, todos deveriam estar comprometidos com a verdade do Evangelho e unidos em prol da manutenção desse compromisso.

SINOPSE DO TÓPICO (3)
A disciplina deve ter sempre, como objetivo, edificar moral e espiritualmente as pessoas, e não destruí-las.


CONCLUSÃO

Após tantas defesas, advertências e recomendações severas, Paulo encerra sua carta usando um tom mais ameno e suave. O apóstolo enfatiza a síntese do evangelho mediante a gloriosa bênção trinitariana: "A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com vós todos" (2 Co 13.13). Que esta segunda carta aos coríntios possa produzir em cada crente uma reflexão a respeito de seu ministério, a fim de que possamos declarar como Paulo: "Eu, de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas" (2 Co12.15).

 AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I


Subsídio Doutrinário

"A Bênção Apostólica
1.     Ele apresenta diversas exortações úteis. (1) Que fossem perfeitos ou estivessem unidos em amor, o que serviria grandemente para a vantagem deles como igreja ou sociedade cristã. (2) Que fossem consolados diante de todo sofrimento e perseguição que pudessem enfrentar por amor a Cristo, ou qualquer calamidade e desapontamento que pudessem encontrar neste mundo. (3) Que fossem de um mesmo parecer, o que ajudaria grandemente em relação ao consolo deles. Quanto mais afáveis formos com nossos irmãos maior será a tanquilidade em nossa alma. O apóstolo queria que dentro do possível tivessem a mesma opinião e parecer. No entanto, se isso não pudesse ser alcançado: (4) Ele os exortava a viverem em paz. A diferença de opinião deveria causar uma alienação de sentimentos ? que vivessem em paz entre eles. Ele desejava que todas as divisões entre eles sejam curadas, que não haja mais contendas e iras entre eles e que evitem pendências, invejas, detrações, mexericos e outros inimigos da paz." (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Novo Testamento. RJ: CPAD, 2008, pp. 543-44).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II


Subsídio Teológico

"A Bênção Apostólica
Uma despedida. Ele transmite um adeus e se despede deles naquele momento, com calorosos votos em relação ao bem-estar deles. Para isso:
Ele apresenta diversas exortações úteis. (1) Que fossem perfeitos ou estivessem unidos em amor, o que serviria grandemente para a vantagem deles como igreja ou sociedade cristã. (2) Que fossem consolados diante de todo sofrimento e perseguição que pudessem enfrentar por amor a Cristo, ou qualquer calamidade e desapontamento que pudessem encontrar neste mundo. (3) Que fossem de um mesmo parecer, o que ajudaria grandemente em relação ao consolo deles. Quanto mais afáveis formos com nossos irmãos maior será a tanquilidade em nossa alma. O apóstolo queria que dentro do possível tivessem a mesma opinião e parecer. No entanto, se isso não pudesse ser alcançado: (4) Ele os exortava a viverem em paz. A diferença de opinião deveria causar uma alienação de sentimentos ? que vivessem em paz entre eles. Ele desejava que todas as divisões entre eles sejam curadas, que não haja mais contendas e iras entre eles e que evitem pendências, invejas, detrações, mexericos e outros inimigos da paz.
Ele os anima com a promessa da presença de Deus entre eles: '... o Deus de amor e de paz será convosco' (v. 11). Deus estará com aqueles que vivem em amor e paz.
Ele dá orientações para saudarem-se mutuamente e envia calorosas saudações daqueles que estavam com ele (v. 12). Ele deseja que testifiquem do amor de uns pelos outros pelo rito sagrado de um beijo de caridade, que era usado na época, mas que há muito deixou de ser  costume, para evitar toda ocasião de libertinagem e impureza, no estado mais degenerado e decadente da igreja" (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Novo Testamento. RJ: CPAD, 2008, pp. 543,544).

REFLEXÃO
"Pouco importando o quão fraco, tímido ou humilde Paulo parecesse ser na presença dos coríntios, ele não teve de enfrentar destemidamente ou usar métodos e armas que o mundo usa. Quando o Espírito o ungiu, ele tinha armas 'poderosas em Deus' para destruir as fortalezas inimigas. Estas armas são o Espírito e a Palavra".
Stanley Horton


 VOCABULÁRIO

Sem ocorrências

 BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 HORTON, Stanley M. I & II Coríntios: Os Problemas da Igreja e suas Soluções. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2003.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Novo Testamento. 1. ed.    Rio de Janeiro, CPAD, 2008.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão, CPAD, no 41, p. 42

EXERCÍCIOS

RESPONDA

1. De acordo com a lição, como Paulo defende seu apostolado?
R. Paulo defende seu apostolado afirmando que o fazia "em Cristo e diante de Deus" (v.19).

2.  De acordo com o tópico II da lição, qual era o objetivo da defesa de Paulo?
R.  Paulo tinha como propósito fortalecer a fé e aumentar o proveito espiritual da igreja em Corinto.

3. Qual era a situação de Corinto?
R. A igreja de Corinto estava cheia de pecados, tais como: invejas, porfias, orgulhos, prostituição.

4. Com que advertência Paulo conclui sua carta?
R. Paulo recomenda aos crentes que examinem-se e provem-se, a fim de verificarem se Jesus Cristo habita neles.

5. Mencione as últimas recomendações de Paulo à igreja.
R. Regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados, sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de paz será convosco.

Lição 12 - 21 DE MARÇO DE 2010 - VISÕES E REVELAÇÕES DO SENHOR

 TEXTO ÁUREO

"Em verdade que não convém gloriar-me; mas passarei às visões e revelações
do Senhor" 
(2 Co 12.1).

 VERDADE PRÁTICA

As experiências espirituais são importantes, mas não devem ser o principal requisito para o reconhecimento ministerial de um obreiro.
HINOS SUGERIDOS 212, 491, 577

 LEITURA DIÁRIA

 Segunda
At 9.3
Uma visão no caminho de Damasco
 Terça
At 16.9,10
Uma visão missionária
 Quarta
At 18.9
Uma visão de encorajamento
 Quinta
At 26.19
Obedecendo à visão divina
 Sexta
At 27.23,24
Visões e revelações em meio ao perigo
 Sábado
2 Co 5.7
Andando por fé e não por vista


 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 Coríntios 12.1-4,7-10,12

 INTERAÇÃO

Nesta lição, estudaremos a respeito das visões e revelações que o apóstolo Paulo recebeu do Senhor Jesus. Trataremos também sobre o seu "espinho na carne". O objetivo de Paulo ao relatar suas experiências com Deus não era vangloriar-se. Ele já havia dado provas suficientes de sua humildade e nobreza de caráter. Sabemos que o propósito de toda provação não é a fraqueza ou humilhação do crente, mas sim o seu aperfeiçoamento, pois quando estamos fracos, buscamos a Deus com mais intensidade, permitindo que Ele nos preencha com seu poder.

 OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Compreender que a glória maior de Paulo não está em sua biografia e sim no sofrimento padecido por causa do Evangelho.
Saber que nem a igreja nem crente algum pode depender de experiências sobrenaturais, como visões, revelações e arrebatamento de espírito para conhecer a vontade de Deus.
Explicar o paradoxo do gloriar-se nas fraquezas.

 ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, as experiências são enriquecedoras. Selecione previamente alguns alunos e peça-os que em três minutos, no máximo, conte alguma experiência. Depois explique o caráter singular e individual das experiências pessoais, destacando que elas não podem se tornar padrão para a Igreja.

 COMENTÁRIO


INTRODUÇÃO

Palavra-Chave
Experiência
Do lat. . Prova de cunho pessoal conferida pelo Senhor.


REFLEXÃO
"De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo".
Apóstolo Paulo


Visões e revelações são experiências do campo das manifestações espirituais que não se constituem em doutrinas, mas são possíveis à vida do crente desde que estejam em conformidade com a Bíblia. Paulo vinha de um confronto onde os seus oponentes procuravam desacreditar seu ministério. Eles se vangloriavam de possuírem um conhecimento divino e uma espiritualidade superior à do apóstolo. Paulo se viu obrigado a responder que tinha ainda mais razões do que eles para orgulhar-se, mas não faria isso. Preferia gloriar-se em relação às suas fraquezas, as quais o poder de Deus havia convertido em experiências gloriosas (12.9,10).

I. A GLÓRIA PASSAGEIRA DE SUA BIOGRAFIA (VV.11-33)

1. A glória maior de Paulo não está em sua biografia, e sim no sofrimento padecido por causa do Evangelho. O texto deste tópico evidencia que, somente por causa da atitude dos seus oponentes, o apóstolo se vê obrigado a dar-lhes uma resposta, relatando suas experiências de sofrimento. A prova de que não há nenhuma postura de autoexaltação, é que no versículo 30, ele diz: "Se convém gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza".
2. Paulo se opõe à arrogância dos judeus-cristãos. Visto que os "superapóstolos" se orgulhavam de sua herança abraâmica e de suas realizações, Paulo mostra a esse grupo que, se este for o critério, ele tinha muito mais razões para vangloriar-se (22).
3. Paulo responde contrastando os falsos mestres. No versículo 23, ele contesta aqueles falsos mestres, que se diziam "ministros de Cristo", ao declarar que tinha razões muito mais profundas para assim ser considerado. Não só pelas experiências físicas (listadas nos vv.23-29), mas também as espirituais que teve com Cristo, a exemplo da relatada por ele no capítulo 12.

SINOPSE DO TÓPICO (1)
A glória maior de Paulo não está em sua biografia e sim no sofrimento padecido por causa do Evangelho.


II.  A GLÓRIA DAS REVELAÇÕES E VISÕES ESPIRITUAIS (12.1-4)

1. Visões e revelações do Senhor (12.1). Paulo admite que não convém gloriar-se, mas como os adversários recorriam a supostas experiências de caráter espiritual, ele então apela a uma das suas experiências. Por ser a igreja coríntia propensa à supervalorização do sobrenatural (1 Co 14), os falsos apóstolos (que se autojulgavam superespirituais) acabaram ganhando a sua simpatia. A fim de demonstrar que até neste aspecto teria razões para se envaidecer, o apóstolo dos gentios passa a falar das "visões e revelações do Senhor". Não se trata de algum tipo de alucinação nem qualquer distúrbio emocional. São experiências sobrenaturais que permitem a um ser humano ver algo que outros não podem ver. Note que o texto afirma que tais visões e revelações vêm do Senhor, ou seja, Ele é a causa e a fonte de tal experiência. O apóstolo deixa isso claro ao referir-se a si mesmo na terceira pessoa.
2. O "Paraíso" na teologia paulina (12.2-4). Na teologia de Paulo, o "paraíso" é um lugar celestial onde os santos desfrutam da comunhão com Deus. Esse lugar é a habitação dos santos que morreram, tanto do Antigo como do Novo Testamento, e que aguardam a ressurreição de seus corpos (Lc 16.19-31; 23.43; 1 Co 15.51,52). O apóstolo revela essa experiência singular e sobrenatural e não consegue explicar se ela deu-se Ågno corpo ou fora do corpoÅh, ou seja, ele ficou em uma dimensão ininteligível e inexplicável para os padrões humanos.
3. A atualidade das experiências espirituais. O Espírito de Deus pode trabalhar e revelar a vontade divina através de sonhos e visões. Entretanto, essas experiências não são uma regra doutrinária para dirigir a igreja e nem mesmo a vida de uma pessoa. São meios que só podem ser autênticos quando não se chocam com a Palavra de Deus. Por isso, o crente não pode viver à mercê de visões e revelações para praticar o cristianismo. Nem a igreja, nem crente algum dependem exclusivamente de experiências sobrenaturais, como visões, revelações e arrebatamento de espírito para conhecer a vontade de Deus. Ainda que tais experiências não estejam proibidas, devemos levar em conta sempre a completa revelação da Palavra de Deus. É preciso ter cuidado com a presunção de alguns em fazer viagens ao paraíso, seja comandada por homens seja por anjos, pois tais "experiências" na maioria das vezes constitui-se em fraudes espirituais.

SINOPSE DO TÓPICO (2)
O Espírito de Deus pode trabalhar e revelar a vontade divina através de sonhos e visões.


REFLEXÃO
"Paulo considerava como maior glória para si os seus sofrimentos, enfermidades, prisões, açoites, fomes e perseguições".


III.  A GLÓRIA DOS SOFRIMENTOS POR CAUSA DE CRISTO (12.7-10)

1. O espinho na carne (12.7,8). Essa expressão de Paulo referia-se a um tipo de sofrimento que lhe foi imposto por causa das revelações, a fim de ele não se ensoberbecer. Tem havido várias interpretações, na maioria especulativas, acerca do "espinho na carne". Entretanto, uma interpretação que prevalece com aceitação maior entre os estudiosos e exegetas bíblicos é de que "o espinho na carne" que atormentava a Paulo refere-se a uma enfermidade física. O que se subentende é que esse "espinho na carne" o atormentava como um "aguilhão", que o fisgava o tempo todo. O que Paulo deixa transparecer fortemente é que não podia evitar esse sofrimento e que a força de superação de tal flagelo vinha do Senhor, que o confortava (vv.9,10).
2. Paulo reafirma que se gloria na fraqueza (12.10). Paulo considerava como maior glória para si os seus sofrimentos, enfermidades, prisões, açoites, fomes e perseguições. Mesmo não querendo nivelar-se aos oponentes judeus-cristãos (vangloriando-se), ele entende ser necessária uma resposta, a fim de que a igreja de Corinto avalie seu comportamento em relação ao dos rebeldes (11.16-30).
3. A explicação do paradoxo do gloriar-se nas fraquezas (12.9,10). Em uma mente carnal, sofrimento é algo que humilha, que degrada. Não se vê nenhuma glória em sofrer, no entanto, Paulo ensina que o sofrer se constitui num degrau para chegar-se à presença de Deus. Na mente dos coríntios (corrompida pelos ensinamentos deturpados), os verdadeiros apóstolos deveriam ser conhecidos por suas palavras convincentes e carisma. Paulo parece não possuir nenhum desses requisitos ou "dons naturais". Entretanto, seu testemunho, experiências, escritos e fala continham autoridade espiritual. Ele preferia gloriar-se nos sofrimentos, pois sua fraqueza é a condição mais apropriada para a demonstração da graça poderosa do Senhor.

SINOPSE DO TÓPICO (3)
Paulo ensina que o sofrer se constitui num degrau para chegar à presença de Deus.


CONCLUSÃO

    Ao escrever sobre as suas fraquezas, Paulo tinha a intenção de glorificar a Deus, porquanto somente Ele é capaz de aperfeiçoar seu poder através da fragilidade humana.

 AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO


Subsídio Bibliológico

"Arrebatado até ao terceiro céu (12.2)
Esta passagem tem causado especulações incalculáveis. Acredita-se que Paulo fez uso da terceira pessoa, para evitar qualquer insinuação de que ele tenha recebido crédito pessoal pelas visões ou revelações que lhe são dadas (12.1). A menção ao "terceiro céu", normalmente, é compreendida como assumindo uma cosmologia que encara a atmosfera da terra como um primeiro céu; o campo dos corpos celestiais como um segundo; e o campo espiritual, habitado por Deus e seus anjos, como o terceiro. [...] Uma vez que o Novo Testamento não se pronuncia sobre o assunto, parece inútil especular a respeito da cosmologia de Paulo. Mas a insinuação permanece. Ele foi arrebatado a um campo acessível somente por Deus. A incerteza de Paulo, quanto ao fato de que esta visão possa ter sido recebida no corpo ou fora dele (12.3), foi citada por aqueles que argumentam a favor da "projeção astral", fenômeno no qual se assume que a alma deixa o corpo vivo. Estes parênteses dificilmente apóiam esta teoria. Paulo simplesmente está dizendo que, embora a visão fosse real, não sabe se esteve ou não fisicamente presente naquele paraíso, onde vivenciou tais maravilhas, e ouviu coisas que até aquele momento era incapaz de revelar" (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. RJ: CPAD, 2007, p.391).

 VOCABULÁRIO

Sem ocorrências

 BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2007.
HORTON, Stanley. I & II Coríntios: Os Problemas da Igreja e Suas Soluções. 1. ed.    Rio de Janeiro, CPAD, 2003.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão, CPAD, no 41, p. 42

EXERCÍCIOS

RESPONDA

1. O que é o paraíso segundo a teologia paulina?  
R. É um lugar celestial onde os santos comungam com Deus.

2. A que se refere a expressão espinho na carne?
R. Refere-se a um tipo de sofrimento.

3. Qual era o propósito do espinho na carne de Paulo?
R. Para que ele não se ensoberbecesse diante das revelações e visões.

4. Qual era a intenção de Paulo ao chamar a atenção dos coríntios para seus sofrimentos?
R. O sofrer constitui-se num degrau para chegar-se à presença de Deus.

5. Qual a mensagem principal que você extraiu da epístola de 2 Coríntios?
R.     Resposta pessoal.

A relevância da Escola Dominical no contexto da Educação Cristã

A relevância da Escola Dominical no contexto da Educação Cristã
INTRODUÇÃO
A Escola Dominical está inserida em um amplo contexto educacional denominado Educação cristã. A educação cristã, como instrumento de formação e aperfeiçoamento do caráter cristão, não ocorre apenas no ambiente da Escola Dominical, mas em todos os setores e seguimentos da igreja local. Nesta rica oportunidade, apresentaremos razões que justifiquem a relevância da ED como principal ferramenta de Educação Cristã na igreja.
I. É relevante em razão de sua essencialidade.
A – A Escola Dominical não é uma atividade educativa opcional, é essencial.
Em razão de a igreja estar intrinsecamente associada à educação cristã, a Escola Dominical como departamento principal de ensino, não é opcional, é vital, pois, incrementa e dinamiza todas as atividades e iniciativas educacionais e evangelísticas dos demais setores.
A Escola Dominical não pode ser considerada apenas um apêndice, anexo ou assessório na estrutura geral da igreja ou mero departamento secundário.
Ela se confunde com a própria essência da Igreja. Não é apenas parte da igreja; é a própria igreja ministrando ensino bíblico metódico, sistemático.
Desde os primórdios a Igreja Cristã perseverava na doutrina e instrução dos apóstolos. No primeiro século não havia templos. As famílias se reuniam em suas casas para orar, comungar e estudar a Palavra de Deus. Os crentes mais experientes ensinavam os neófitos basicamente de forma expositiva e em tom familiar (homilétike); explicando e interpretando os pontos mais difíceis das Escrituras de acordo com a orientação dos apóstolos e diretamente do Espírito Santo.
E hoje? A Igreja está realmente interessada em estudar a Bíblia?
B – Onde fica a ED no programa geral de nossas igrejas? Qual a sua importância?
Há algumas décadas, na maioria das igrejas tradicionais, era comum o número de matriculados na Escola Dominical ultrapassar ao de membros da igreja. O que podemos dizer das nossas Escolas Dominicais atualmente?
Enquanto as igrejas tradicionais estão repensando a ED, grande parte das igrejas pentecostais somente começaram a pensar na relevância do ensino bíblico sistemático de algumas décadas para cá.
(A CPAD através do Setor de Educação Cristã e especificamente do CAPED vem realizando um excelente trabalho de conscientização nesta área)

C – A relevância da Escola Dominical está explicita no seu principal conceito.
A Escola Dominical conjuga os dois lados da Grande Comissão dada à Igreja (Mt 28.20; Mc 16.15). Ela evangeliza enquanto ensina.
O cumprimento da Grande Comissão através da ED, pode ser visto em quatro etapas:
Alcançar – a ED é o instrumento que cada igreja possui para alcançar todas as faixas etárias. (A audiência do culto à noite, além de ser heterogênea, não tem oportunidade de refletir, questionar e interiorizar o conteúdo recebido).
Conquistar – através do testemunho e da exposição da Palavra. Disse Jesus: "...serão todos ensinados por Deus...todo aquele que do pai ouviu e aprendeu vem a mim" (Jo 6.45). A conversão é perene quando acontece através do ensino.
Ensinar – até que ponto estamos realmente ensinando aqueles que temos conquistado?
Há quem diga que o ensino metódico e sistemático é contrário à espiritualidade? Isto é verdade?
"O ensino das doutrinas e verdades eternas da Bíblia, na Escola Dominical deve ser pedagógico e metódico como numa escola, sem contudo deixar de ser profundamente espiritual."
Isto significa que devemos ensinar a Palavra de Deus com seriedade e esmero, apropriando-nos dos mais eficazes recursos educacionais que estejam à nossa disposição: “...se é ensinar haja dedicação ao ensino” (Rm 12.7b).
Treinar – devemos treiná-los para que instruam a outros.
Estas 4 etapas estão conjugadas aos 3 principais objetivos da Escola Dominical que são: ganhar almas para Jesus; desenvolver a espiritualidade dos alunos e treinar o cristão para o serviço do Mestre.

II. É relevante porque é a principal agência de ensino na igreja.
A ED é a maior agência de ensino da Igreja. Nenhuma outra reunião tem um programa de estudo sistemático da Bíblia com a mesma abrangência e profundidade. Ajustado a cada faixa etária, o currículo da ED possibilita um estudo completo das Escrituras em linguagem acessível a cada segmento, criando raízes profundas na vida de cada crente.
III. É relevante porque é uma escola que transforma.
Foi a criação da Escola Dominical, da forma como é conhecida atualmente, que mudou a face da Inglaterra, que mudou a face da Inglaterra. Crianças que antes tinham comportamento marginalizado, abandonadas à sua própria sorte, começaram a ser atraídas por Robert Raikes para reuniões sistemáticas com tríplice ênfase: social, bíblica e evangelística.
IV. É relevante porque fortalece a comunhão com Deus e entre os irmãos.
Não pode haver crescimento espiritual fora do contexto da comunhão cristã
“Até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus...” (Ef 4.13).
“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações (...) Todos os que criam estavam juntos...” (At 2.42,44).
A Escola Dominical propicia um ambiente favorável ao inter-relacionamento dos crentes.
Ela representa o lar espiritual onde, além do conhecimento da Palavra de Deus, compartilham-se idéias, princípios, verdades e aspirações.
V. É relevante porque é ferramenta de evangelização e discipulado.
VI. É relevante na edificação total da família cristã.
Ela não cuida apenas da formação espiritual, mas preocupa-se com a edificação geral, que inclui:
Bons costumes, exercício da cidadania e a formação do caráter
A ED complementa e, às vezes corrige a educação ministrada nas escolas seculares.
a) A ED complementa a educação cristã ministrada nos lares.
No Antigo Testamento, entre o povo de Deus, eram os próprios pais os responsáveis pelo ensino das Escrituras:
“E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; e as intimará (inculcarás) a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te” (Dt 6.6,7).
“Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma, e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por testeiras entre os vossos olhos, e ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te” (Dt 11.18,19).
“Ajunta o povo, homens, e mulheres, e meninos, e os teus estrangeiros que estão dentro das tuas portas, para que ouçam, e aprendam, e temam ao Senhor, vosso Deus, e tenham cuidado de fazer todas as palavras desta lei” (Dt 31.12).
“E o terá consigo (o livro da Lei), e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer ao Senhor seu Deus, para guardar todas as palavras desta lei, e estes estatutos para cumpri-los” (Dt 17.19).
O objetivo final é sempre cumprir: “Sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes enganando-vos com falsos discursos” (Tg 1.22).
A grande maioria das famílias recebe pouca ou nenhuma instrução na Palavra de Deus, no lar, sob a liderança do seu chefe. Em função de a Bíblia perder seu lugar no seio da família, a igreja ficou com a grande responsabilidade de providenciar educação religiosa.
Todo o impacto desta responsabilidade caiu sobre a ED e seus oficiais. Além de aproximar pais e filhos na comunhão do corpo de Cristo, A ED introduz crianças, adolescentes, jovens e adultos no conhecimento bíblico, afastando-os da ociosidade e das más companhias.
VII. É relevante porque é fonte de genuíno avivamento.
Hilquias, o sacerdote: “Achei o livro da Lei na Casa do Senhor” (2 Cr 34.15).
É um chamamento à redescoberta do ensino da Palavra de Deus como base de todo avivamento. Não há outro caminho para manter a Igreja viva, a não ser o retorno às Escrituras, como ocorreu no tempo do rei Josias.
Marcos