Lição 13 - 27 de Setembro de 2009 -A Segurança em Cristo

Lição 13 - 27 de Setembro de 2009 -A Segurança em Cristo


TEXTO ÁUREO

"Estas coisas vos escrevi, para que saibais que tendes a vida eterna e para que creiais no nome do Filho de Deus"
(1 Jo 5.13).


VERDADE PRÁTICA

Através de sua maravilhosa graça, Deus, mediante Nosso Senhor Jesus Cristo, concedeu-nos a vida eterna e a segurança de um viver pleno por intermédio da fé..
HINOS SUGERIDOS 37, 245, 369


LEITURA DIÁRIA

Segunda
Jo 6.40
Quem crê no filho tem a vida eterna
Terça
1 Tm 1.1
Cristo, nossa esperança
Quarta
Cl 3.4
Cristo, nossa vida
Quinta
Jr 33.3
Deus ouve e responde as nossas orações
Sexta
1 Ts 4.3
Deus requer a santificação de seus filhos
Sábado
1 Co 10.14
Os filhos de Deus devem fugir da idolatria



LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 João 5.13-21.



INTERAÇÃO

Um dos tópicos da lição de hoje trata de orações respondidas. Peça aos alunos para refletirem a respeito de suas orações a Deus e verificarem se estão sendo ouvidas. Se não estiverem, solicite que eles a submetam ao crivo de João: o pedinte está em Cristo? O pedido está de acordo com a vontade divina? Aproveite para incentivar seus alunos a cultivarem uma vida de oração.


OBJETIVOS

Após esta aula, seu aluno deverá estar apto a:
Conceituar o termo vida eterna.
Identificar o perfil daqueles que têm suas orações ouvidas por Deus.
Apresentar as evidências do novo nascimento..


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Aproveite a aula de hoje para discutir com seus alunos a Doutrina da Segurança do crente. De acordo com o Teologia Sistemática de Stanley Horton, biblicamente, perseverança não significa que todo aquele que professar a fé em Cristo e se tornar parte de uma comunidade de crentes tem a segurança eterna, mas refere-se à operação contínua do Espírito Santo, mediante a qual a obra que Deus começou em nosso coração será levada a bom termo (Fp 1.6).


COMENTÁRIO


INTRODUÇÃO

Palavra Chave:
Vida eterna
Suprema bem-aventurança dos que recebem a Cristo como o Salvador e Senhor de suas vidas.


Chegamos ao final do estudo da Primeira Epístola de João. Nas palavras derradeiras desta carta, o apóstolo ensina-nos acerca da confiança que os filhos de Deus devem ter na vida eternam Cristo Jesus. João conclui fazendo um apelo aos crentes para que não permaneçam na prática do pecado e admoestem os que assim vivem (vv.16,17).

I. A CERTEZA DA VIDA ETERNA

Como filhos e herdeiros de Deus, temos a certeza da vida eterna (v.13; Gl 4.7). Esta garantia é para todos aqueles que um dia firmaram, por meio da fé, um compromisso com Cristo, isto é, creram em Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas. João encerra sua epístola ressaltando que os que colocam sua fé inteiramente em Cristo ressuscitarão para a vida eterna, por ocasião de sua Segunda Vinda. As Escrituras afirmam que "todo aquele que vê o Filho e crê nele tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último Dia" (Jo 6.40). De acordo com o Comentário Bíblico de Mattew Henry, os judeus consideravam que somente eles possuíam a vida eterna, uma vez que haviam recebido esta revelação de Deus por meio de suas Escrituras. Todavia, o apóstolo João ressalta que a vida eterna é para aqueles que crêem piamente no Filho de Deus.
1. Vida eterna. A vida eterna a que se refere João é a vida divina de alegria, paz, santidade e de transformação à imagem de Cristo pelo EspíritoSanto (2 Co 3.18). Além disso, glória ainda maior seguir-se-á no porvir, quando formos apresentados incorruptíveis diante do trono de Deus; semelhantes a Cristo, e sem falta de nada, segundo a sua promessa.
2. Viva esperança. A Bíblia afirma que os filhos de Deus têm "uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos" (v.3). Isto é, uma esperança que jamais pode ser extinta. Não é como as esperanças fugazes e desapontadoras deste mundo. Esta viva esperança, no sentido bíblico, é sempre renovada pela confiança que temos no poder e na fidelidade do Deus Eterno, que a originou.
3. Glória eterna. A glória eterna que esperamos de Deus consiste em habitarmos para sempre com Ele, livres definitivamente da ruidosa presença do pecado. A glória de Deus, então, inundará a todos e a tudo ali (Ap 21.11,23; Cl 3.4). Esta é a verdadeira esperança do crente (Tt 1.2), mediante a qual somos salvos (Rm 8.24).


SINOPSE DO TÓPICO (1)
Aqueles que são filhos de Deus, nascidos de novo, têm a certeza da vida eterna, possuem uma viva esperança e esperam desfrutar da glória eterna.


II. DEUS OUVE AS ORAÇÕES

Por meio do sacrifício de Cristo, temos comunicação direta com o Pai. Quando o Senhor entregou sua vida por nós, na cruz do Calvário, o véu do templo foi rasgado de alto a baixo (Mt 27.51; Lc 23.45), simbolizando o rompimento da barreira que havia entre Deus e a humanidade (Hb 10.19-22). Daí em diante, passamos a ter acesso irrestrito ao Todo-Poderoso. João deixa claro que "se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve" (v.14). Quando falamos com Deus em oração, não podemos exigir nada dEle, porque Ele é Soberano, e sua vontade sempre prevalece sobre a nossa. Todavia, se oramos em consonância com o seu querer, certamente seremos ouvidos. Na verdade, Deus não apenas nos ouvirá, mas nos dará uma resposta definitiva. Portanto, clame ao Senhor com confiança!
1. Dos que estão em Cristo. João tinha sempre em mente as palavras do Mestre sobre a oração dos que "estão em Cristo". "Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito" (Jo 15.7). Por isso, o apóstolo pôde assegurar-nos de que seremos ouvidos. Estar em Cristo significa crer que Ele é o Filho de Deus (1Jo 4.15) e, por conseguinte, cumprir os seus mandamentos (1Jo 3.24).
2. Dos que se achegam a Ele. O profeta Isaías já proclamava da parte do Altíssimo: "Vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá" (Is 55.3). O mesmo fez o próprio Senhor Jesus: "vinde a mim" (Mt 11.28). A Palavra de Deus nos encoraja a nos aproximarmos do trono do Senhor com confiança, porquanto aquEle que prometeu é fiel para cumprir todas as suas promessas (Hb 10.19-23).
3. Dos que amam o próximo. Quando amamos nossos irmãos, intercedemos por eles. Deus abençoou ricamente o patriarca Jó, "quando este orava por seus amigos" (Jo 42.10). Os apóstolos João, Paulo e Tiago são unânimes ao afirmarem que os filhos de Deus devem orar uns pelos outros (v.16; 1 Tm 2.1,8; Ef 6.18; Tg 5.16). Jesus é o nosso maior exemplo. Na cruz, em meio a dor e ao sofrimento, o Filho de Deus encontrou forças físicas e espirituais para interceder por seus algozes (Lc 23.34). Seu amor por eles sobrepujou a aflição que sentia em seu corpo e a angústia de sua alma. Quantos conseguem esquecer-se de seus próprios problemas para batalhar em favor dos alheios? Quantos estão dispostos a abrir mão do seu "eu" para investir um pouco do seu tempo orando pelos irmãos? Sigamos os passos de Cristo, pois é isso que se espera de um genuíno discípulo.

SINOPSE DO TÓPICO (2)
Deus ouve as orações dos que estão em Cristo, se achegam a Ele e amam ao próximo.


III. O CRENTE E O NOVO NASCIMENTO

Os filhos de Deus não são dominados pelo pecado (Rm 6.14); quando pecam, o fazem acidentalmente e não por hábito (1 Jo 3.9,10). O pecado na vida do crente é um triste e lamentável episódio que pode e deve ser evitado por meio da vigilância, da oração, da sujeição a Deus e da resistência ao Diabo (Mc 9.29; 1 Pe 4.7; Tg 4.7).
1. Vida santa. Os filhos de Deus devem buscar a santificação, que, segundo as Escrituras, é decorrente de uma nova natureza: "Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: graça e paz vos sejam multiplicadas" (1 Pe 1.2). O crente foi resgatado para uma vida santa (1Co 6.19,20). Jesus não veio apenas livrar o homem do Inferno; mas torná-lo santo (Tt 2.14). O objetivo de Deus é que o crente participe da "herança dos santos na luz" (Cl 1.12). Segundo a Palavra de Deus, é mentiroso aquele que afirma ter comunhão com Deus e não muda o seu modo de viver (1Jo 1.5; 2.4), porque o salvo deve ser luz no meio de um mundo perverso (Fp 2.15).
2. "Guardar-se dos ídolos". João conclui sua epístola alertando os crentes dos perigos dos ídolos: "Filhinhos, guardai-vos dos ídolos" (v.21). Vale ressaltar que ídolo é tudo aquilo que, em nosso coração, tira o lugar do Único e Verdadeiro Deus. A idolatria é obra da carne (Gl 5.20) e, portanto, uma prática abominável diante do Todo-Poderoso (Dt 7.25). Os apóstolos, em suas diversas epístolas, condenaram de modo veemente o envolvimento dos cristãos com a idolatria (1Co 10.14; 1Pe 4.3). Estejamos alertas! Somente Cristo deve reinar em nossos corações.

SINOPSE DO TÓPICO (3)
Os nascidos de novo demonstram uma vida santa e guardam-se dos ídolos.


CONCLUSÃO

Mediante a fé em Cristo, nos tornamos filhos de Deus. Agora, o pecado não tem mais domínio sobre nós e, conseqüentemente, podemos viver uma vida santa e entrar na presença de Deus com plena confiança de que seremos ouvidos. Não existe maior privilégio do que este: tornar-se filho de Deus. Você é filho do Altíssimo! Portanto, viva de modo que O agrade


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO


Subsídio Teológico
"10.5.1. Graça de Deus e responsabilidade
do crente
A Bíblia ensina que a preservação depende tanto do poder de Deus como da atitude do crente permanecer em Jesus! Vejamos que tanto o Senhor Jesus Cristo como os apóstolos falaram sobre este assunto. É necessário ter um equilíbrio bíblico na doutrina da preservação. Se houver ênfase somente no poder de Deus como a força que guarda o crente, omitindo a própria responsabilidade pessoal de guardarse do mal, abre-se a porta para uma vida espiritual de descuido. Se, por outro lado, houver ênfase somente no esforço do crente de guardar-se, omitindo-se a gloriosa manifestação do poder de Deus como o principal fator da proteção, abre-se caminho para um verdadeiro fracasso espiritual. A Bíblia fala e a experiência confirma: 'Não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos' (Zc 4.6). O caminho certo para preservar o crente na salvação é mediante a fé, guardada na virtude de Deus para a salvação já a se revelar no último tempo (cf. 1 Pe 1.5). Assim chegaremos lá!

(BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. RJ: CPAD, 2004, pp.243-245).


VOCABULÁRIO

Fugaz: Que passa rapidamente; de pouca duração; transitório, efêmero.
Presciência: Qualidade de saber com antecipação o futuro.
Sobrepujar: Ultrapassar, exceder, superar.


BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

HORTON, S. Teologia Sistemática. RJ: CPAD, 1996.
BERGSTÉN, E. Teologia Sistemática.RJ: CPAD, 2004..

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão CPAD, nº 39, p.42.


EXERCÍCIOS

RESPONDA

1. Como obtemos a certeza da vida eterna?
1. Ao crermos em Jesus como Senhor e Salvador de nossa vida.

2. A que vida eterna João se refere?
2. Vida divina de alegria, paz, santidade e de transformação à imagem de Cristo pelo Espírito Santo.

3. Qual o significado da expressão "viva esperança"?
3. Uma esperança que jamais pode ser extinta, pois é sempre renovada pela confiança que temos no poder e na fidelidade de Deus.

4. Em que consiste a glória eterna do crente?
4. Em habitarmos para sempre com Ele, livres definitivamente da presença do pecado.

5. Apresente uma evidência do novo nascimento do crente.
5. Uma vida santa.


APLICAÇÃO PESSOAL

"A doutrina da segurança não é uma desculpa para o pecado, e sim um encorajamento para não pecarmos. O fato de eu saber que sou casado e que tenho documentos para provar isso ajuda-me a não me sentir tentado a me envolver em outro relacionamento. Eu e minha esposa estamos seguros do amor que sentimos um pelo outro. Quando imagino a inestimável graça que Deus derramou sobre mim, desejo me acercar ainda mais dEle, e compartilhar mais ainda o seu amor. Saber que Ele orou por nós quando estava aqui na terra e que ainda ora por nós, na glória, deve nos fortalecer em nossa luta. Tudo o que Deus é, e tudo o que Cristo fez e ainda está fazendo, combinam-se para produzir em nossos corações o tipo de segurança que conduz a um viver santo."
(WARREN. W.W. A oração intercessória de Jesus. RJ: CPAD, p.145).

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