Lição 6 - 07 de novembro de 2010 - A importância da oração na vida do crente

TEXTO ÁUREO
“Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno”
(Hb 4.16).

VERDADE PRÁTICA
O crente em Jesus desenvolve o seu relacionamento com Deus e a fé cristã por meio da oração constante, confiante e disciplinada.

HINOS SUGERIDOS 4 ( clique aqui e conheça o hino) , 296, 577
LEITURA DIÁRIA

Segunda - At 1.13,14
A oração conduz ao fervor espiritual

Terça -Sl 55.17; Dn 6.10
A oração deve ser um hábito pessoal

Quarta - Mt 6.6
A oração devocional

Quinta -At 1.14,24; 12.12
A oração congregacional
Sexta - 1 Tm 2.1-3
A oração traz quietude e sossego

Sábado -Mt 17.21
A oração acompanhada do jejum

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses 4.4-9

INTERAÇÃO

Prezado professor, Deus deseja comunicar-se com seus filhos mediante a oração e a leitura da Palavra. Falar com Deus é um grande privilégio. O valor da oração está na resposta que o cristão oferece à pessoalidade de Deus. Naturalmente, através da oração nos voltamos àquEle cuja comunhão é prazerosa. Por isso, podemos manifestar com ação de graças nossas petições e súplicas.
O Eterno nos convida a cultivarmos um hábito sadio de oração como estilo de vida, a fim de que possamos produzir bons frutos. Os grandes homens da Bíblia foram pessoas de rígidos hábitos de oração porque reconheciam o seu valor. O valor da oração está para o crente, assim como a água está para a corça!


OBJETIVOS

Reconhecer o verdadeiro valor da oração.

Explicar como se dá a ação do Espírito Santo na oração do crente.

Conscientizar-se de que devemos nos aproximar de Deus com reverência, honestidade e confiança.


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, para a aula de hoje sugerimos que você reproduza o quadro abaixo. O objetivo é apresentar, de forma resumida, algumas verdades sobre as ministrações do Espírito Santo na vida do crente. O Santo Espírito é dinâmico e seu ministério é perfeitamente conhecido na vida de Jesus Cristo e da Igreja.
Ao introduzir o tópico II, explique à classe que os atributos do Espírito Santo o nomeia como intercessor dos filhos de Deus. Por isso, podemos com coragem, estabelecer o hábito da oração diária em nossas vidas, pois o Consolador estará conosco, orientando nossas intercessões. Boa aula!


Ministrações do Espírito
em Relação aos Salvos

A Habitação no crente
Jo 14.16,17; Rm 8.9
O Batismo no Espírito Santo
At 1.4,5,8; 2.1-4;10.44-46; 19.2-6
Testemunho de que somos filhos de Deus
Rm 8.15,16
Santificação progressiva do crente
1 Pe 1.15,16; 2 Co 7.1; 3.17,18
A oração no Espírito Santo
Rm 8.26,27; Ef 6.18; 1 Co 14.14,15
Unção para o serviço
Lc 4.18,19; 2 Co 1.21,22; 1 Jo 2.20,27
O Espírito Santo como selo e penhor
2 Co 1.22; Ef 1.13,14; 4.30; 2 Co 5.5


COMENTÁRIO


INTRODUÇÃO

A oração é um meio que Deus utiliza para desenvolver a comunhãodo crente com Ele. Falar com Deus é uma preciosa e indivisível dádiva do cristão. Desperdiçar a oportunidade de falar com Deus e ouvi-lo, quando estamos em oração, é um atestado de enfermidade espiritual, cujo tratamento requer urgência (Is 55.6; Jr 29.13).

I. RECONHECENDO O VALOR DA ORAÇÃO

1. A oração estreita a comunhão com Deus. Por meio da oração, o crente estabelece e desenvolve um relacionamento mais profundo com Deus. O Senhor é onisciente! Todavia, o cristão deve ser explícito e detalhado em suas orações: “[...] as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças” (Fp 4.6b). Através da oração, o crente coloca aos pés do Senhor suas fragilidades, dores, tristezas e ansiedades. Saiba que Deus deseja ouvi-lo, a fim de agir em seu favor (Sl 72.12).
2. A oração com ação de graças. A ação de graças é uma forma de celebrarmos a bondade divina, que expressa gratidão (Sl 69.30). Esta oração, segundo o exemplo de Jesus, agrada ao céu (Mt 11.25). Uma vida de constante oração associada ao conhecimento e à observância das Santas Escrituras, conduz o crente a um viver de gozo, gratidão e constantes descobertas das grandezas e riquezas de Deus (1 Ts 5.17,18; Rm 11.33-36).
3. Jesus destaca o valor da oração. O valor da oração está em sua prática constante como elemento vital e imprescindível à nossa vida espiritual. Lembremonos de que a oração “no Espírito” é parte da armadura de Deus para o cristão na sua luta contra o Diabo (Ef 6.11,12,18). O crente deve estar consciente da proximidade de um Deus, que é pessoal e almeja se comunicar com os seus filhos. Às vésperas de sua morte no Calvário, Jesus confortou e revigorou seus discípulos com a promessa de que suas orações seriam respondidas se direcionadas ao Pai em seu nome (Jo 14.14). O Senhor Jesus, em seu ministério terreno, tinha a necessidade de orar porque reconhecia a importância da vida de oração. Os seus discípulos, ao verem tal exemplo, sentiram a mesma necessidade: “Senhor, ensina-nos a orar” (Lc 11.1). Após a morte e ascensão de Cristo, os discípulos passariam a contar com a ajuda do Espírito Santo (Jo 14.16,17) e poderiam desfrutar da doce e permanente paz de Jesus (Jo 14.27). Essas são as bênçãos que se alcançam do Pai celestial quando se chega a Ele em oração e com plena certeza de fé no Filho de Deus.

SINÓPSE DO TÓPICO (1)

O valor da oração está em sua prática constante como elemento vital à nossa vida espiritual.

II. A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NA ORAÇÃO DO CRENTE

1. O Espírito Santo é intercessor. O filho de Deus nunca está sozinho quando ora. Há alguém nomeado pelo Senhor para ajudá-lo: O Espírito Santo (Jo 14.16). A maior segurança que o crente possui, é saber que a sua oração é orientada na dependência do Santo Espírito. O Divino Consolador nos ajuda a orar!
2. O Espírito Santo nos socorre na oração. Ele junta-se a nós em nossas intercessões, a fim de moldar a oração que não pode ser compreendida pelo entendimento humano. Da mesma maneira que Jesus Cristo intercede por nós no céu (Rm 8.34), o Espírito Santo, que conhece todas as nossas necessidades, intercede ao Senhor pelos salvos (Rm 8.27).
3. O Espírito Santo habita no crente. Ser habitação do Espírito significa que Deus está presente na vida do cristão, mantendo uma relação pessoal com ele. Nós somos o templo do seu Espírito Santo (1 Co 6.19)! Nesse sentido, o Consolador torna a oração adequada à vontade de Deus. Ele conhece todas as nossas necessidades, anseios, pensamentos, falhas, sentimentos, desejos, frustrações e intenções. O Espírito Santo geme pelo crente com gemidos inexprimíveis diante de Deus (Rm 8.26,27).

SINÓPSE DO TÓPICO (2)

Intercessão, socorro e habitação caracterizam a ação do Espírito Santo na vida do crente.

III. COMO DEVE O CRENTE CHEGAR-SE A DEUS EM ORAÇÃO

1. Reverentemente. É necessário o crente dirigir-se a Deus de modo respeitoso, agraciado, confiante e obediente. Só Deus é digno de toda a honra, glória e louvor. Ele é Único, Eterno, Supremo, Majestoso, Todo-Poderoso, Santo, Justo e Amoroso. A reverência voluntária a Deus e o seu santo temor em nós sufocam o orgulho, que é tão comum no homem e muitas vezes encontra-se disfarçado externamente nele, mas latente em seu interior.
2. Honestamente. Quando o crente, convicto pelo Espírito Santo e segundo a Palavra de Deus, arrependido confessa seus pecados, erros, faltas e fraquezas, os impedimentos são removidos para Deus agir em seu favor. Ele torna-se alvo das misericórdias divinas (Pv 28.13). O crente deve fazer constantes avaliações em sua obediência à vontade de Deus. Dessa atitude, dependem as respostas de suas orações (1 Jo 3.19-22; Jo 15.7; Sl 139.24).
3. Confiantemente. Todo crente necessita aproximar-se com fé do altar da oração e crer que Deus é galardoador dos que O buscam (Hb 11.6). Orar com fé consiste em apresentar suas necessidades ao Pai celestial e descansar em suas promessas. Assim, demonstramos estar convictos do que Jesus disse quanto ao que pedimos ao Pai em Seu nome: “Se pedires alguma coisa em meu nome, eu o farei” (Jo 14.14). Entretanto, todo crente deve ter em mente que Deus é soberano e age como quer, concedendo ou não o que Lhe pedimos. Ele conhece os seus filhos e sabe o que é melhor para nós (Jo 10.14,15).

SINÓPSE DO TÓPICO (3)

O crente deve chegar-se a Deus em oração: reverentemente, honestamente e confiantemente.

CONCLUSÃO

A gratidão, a segurança, a firmeza, a sabedoria e a confiança do crente aumentam à medida que este estabelece uma vida de constante oração. Qualquer aspecto ou expressão da vida cristã que não passe pelo altar da oração, requer providência do crente. Tudo na vida do crente deve estar sob o controle e providência de Deus. Cheguemos, então, com confiança ao trono da graça (Hb 4.16).


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOI

Subsídio Devocional
As asas da oração
“Quando vemos a iniquidade se multiplicando ao nosso redor, sentimos uma profunda depressão; oposição e a perseguição podem nos desencorajar. Davi foi tentado a se entregar a tais sentimentos, porém, a oração capacitou a levantar voo acima da violência e da descrença dos homens, aproximando-se do céu. Nada voa tão bem como a oração, pois ela ergue a alma humana com grande velocidade para uma posição muito acima dos perigos e até dos prazeres existentes neste mundo. Assim como o avião voa acima das nuvens de tempestade, assim nós, nas asas da oração, podemos voar acima das decepções. Ajoelhemo-nos em fraqueza, e depois nos levantemos revestidos de poder. Fazemos a maior violência contra nós mesmos quando nos privamos desse meio de graça” (PEARLMAN, Myer. Salmos. Adorando com os Filhos de Israel. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, p. 21).


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOII

Subsídio Teológico
A Esperança da Glória: Presente no Sofrimento (Romanos 8.18-27)
“Experimentamos a fraqueza que pertence aos que vivem nesta era. Este fato faz o Espírito gemer em intercessão (vv. 26,27). O Espírito que habita em nós não é somente a garantia de nossa vida futura; Ele também é participante em nossa vida presente. Descrever a oração pelo raro termo gemido é adequado a um contexto onde o gemido dos crentes e da criação é o tema da discussão. O Espírito nos ajuda na intercessão a nosso favor por causa de nossa fraqueza. O contexto, com a ênfase no sofrimento e no gemido que surge em nosso espírito em antecipação ao que vêm em seguida, leva-nos a pensar que esta fraqueza descreve nossa atual condição neste período de antecipação.
Assim, o problema não é que não saibamos orar, mas que nossas circunstâncias são tais que não sabemos pelo que orar. Há certa confusão que acompanha a vida simultânea em dois reinos. Pelo que vamos pedir quando as condições do presente tempo, ao qual já não pertencemos, parecem mais reais e prementes do que as condições do mundo que podemos experimentar hoje apenas parcialmente? Embora estejamos seguros da libertação da morte e livramento da tentação na ressureição, como vamos orar neste tempo quando o pecado e a morte ainda nos confrontam? Temos a garantia de que o Espírito está orando por nós ‘segundo [a vontade] Deus’. Além disso, ainda que não compreendemos o que o Espírito está pedindo, De us compreende, porque Ele ‘sabe qual é a intenção do Espírito’ (27).
Agora nos dedicaremos à questão sobre como o Espírito nos ajuda em oração. Paulo está dizendo que oramos com a ajuda do Espírito, ou que o Espírito Santo ora por nós? Ou Paulo tem em mente a combinação das duas ideias? Quer dizer, o fenômeno descrito aqui é o que conhecemos por orar em línguas (o qual, em 1 Co 14.14,15, Paulo chama orar com o Espírito), nas quais o Espírito Santo ora pelo indivíduo?
Há duas semelhanças sobre o que sabemos sobre o gemido do Espírito e a oração no Espírito: são expressões em oração que a mente não pode compreender (1 Co 14.2,6,11,13-19), e é o Espírito que ora. Em 1 Coríntios 14.2, Paulo fala de mistérios pronunciados ‘em espírito’. Ambos os textos descrevem o Espírito orando pelo crente enquanto este ora em línguas. Finalmente, Romanos 8.26,27 é comentário sobre a declaração em 1 Coríntios 14.4 de que ‘o que fala língua estranha edifica-se a si mesmo’. Somos ajudados em nossa fraqueza, ou seja, somos edificados, à medida que o Espírito intercede por nós de acordo com a vontade de Deus. A natureza da vontade de Deus por nós é o assunto ao qual o apóstolo se dedica nos versículos 28 e 29” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2004, pp. 872-73).



BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

GILBERTO, Antonio. Verdades Pentecostais. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2006.
Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2004.


SAIBA MAIS

Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 44, p.39.



EXERCÍCIOS

1. Como o crente estabelece e desenvolve um relacionamento profundo com Deus?
R. Por meio da oração.

2. O que é ação de graças?
R. Celebração da bondade divina.

3. Quem auxilia o crente nas orações?
R. O Espírito Santo.

4. O que sufoca o orgulho?
R. A reverência voluntária e o santo temor a Deus.

5. Você tem passado pelo o altar da oração?
R. Resposta pessoal.

Mais Subsídios


Lição 06 - Importância da oração na vida do crente





Chegar a uma teologia ou compreensão básica da oração deveria ser uma das principais prioridades de todo crente...



LEITURA EM CLASSE: Filipenses 4.4-9

INTRODUÇÃO

I. RECONHECENDO O VALOR DA ORAÇÃO 
II. A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NA ORAÇÃO DO CRENTE
III. COMO DEVE O CRENTE CHEGAR-SE A DEUS EM ORAÇÃO

CONCLUSÃO


ORAÇÃO: UM RELACIONAMENTO DE AMOR COM DEUS1


A oração é questão de amor
Chegar a uma teologia ou compreensão básica da oração deveria ser uma das principais prioridades de todo crente. Um estudo dos exemplos bíblicos de oração eficaz, [...] também reveste-se de vital importância. Mas enquanto o crente não se engaja verdadeiramente na oração, de maneira prática e significativa, a teologia e o estudo são de valor limitado. A oração não é respondida por que um crente sabe como ela funciona, mas porque conhece pessoalmente aqueEle a quem as orações são dirigidas. 
Antes de qualquer coisa, a oração é questão de amor. Não se trata de encontrar os métodos, as técnicas ou os procedimentos certos para persuadir a Deus a fazer aquilo que desejamos. A mais elevada forma de oração é a relação de amor entre dois corações (o do crente e o de Deus), que batem como se fosse um. Andar com Deus na mais doce comunhão da oração é uma relação contínua. É certo que Deus ouve o clamor cheio de pânico, pedindo ajuda e livramento do desastre ou da calamidade. Mas livrar o crente da tribulação, a fim de que ele possa voltar à sua rotina apática, não é propósito de Deus ao responder às orações. As aflições podem ser a maneira dEle dizer: “Venha a mim. Eu amo você, e desejo ter um recíproco e contínuo relacionamento de amor com você”.

Desenvolvendo o relacionamento de amor
Mas como é que alguém desenvolve esse amor que forma o alicerce de uma vida de oração eficaz? A pergunta mostra-se especialmente pertinente em se tratando do bem-estar material e das questões relacionadas aos dias de hoje. Os cuidados e os confortos da vida atraem o afeto humano a tudo, menos a Deus. E nem deve esse relacionamento de amor, que almeja a comunhão divina como o próprio Deus, vir apenas para fazer pedidos. Antes, deve ser nutrido e cultivado até chegar à maturidade. Começa com a prática regular das várias disciplinas da oração e cresce, com fiel persistência, até chegar a um belo relacionamento de amor com o Pai celeste. As orações são respondidas quando são enviadas ao céu por meio da linha do amor. É inteiramente inconcebível que um crente comum possa ser identificado com um crente cheio do Espírito, pentecostal ou carismático, sem ter um estilo de vida no qual a oração eficaz desempenhe um papel importante. 
[...] Seria tolice edificar os fundamentos de uma obra sem erigir uma construção em cima. Portanto, a busca da teologia e de exemplos bíblicos de orações respondidas são inúteis, a menos que uma prática diária de comunhão em oração seja edificada sobre esse alicerce.
[...] O crente sério deve sempre estar consciente da proximidade de um Deus pessoal, que deseja comunicar-se com seus filhos. E quando a mente e o coração estão livres dos cuidados deste mundo, que ocupam grande parte das horas em que estamos acordados, naturalmente nos voltamos àquEle com quem a comunhão é agradabilíssima.  

Reflexão: “Não há nenhum mandamento neotestamentário que requeira um número diário de orações ou um horário preestabelecido para essas orações. Cada crente, por sua própria iniciativa, deveria determinar e traçar um hábito pessoal de oração, pois sem isso é quase impossível que seja desenvolvida uma vida de oração eficaz”.

Lição 5 - 31 de outubro de 2010 - Orando como Jesus Ensinou


TEXTO ÁUREO

“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca”
(Mt 26.41).

VERDADE PRÁTICA
Ao orar o Pai Nosso, o Senhor Jesus ensina-nos a essência da oração.

HINOS SUGERIDOS 4, 296, 577

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Jo 14.6,13,14
Jesus é o caminho de resposta paraa oração

Terça -Lc 18.13,14
Como devemos orar

Quarta -Mc 11.22-24
Devemos orar com fé

Quinta -Mc 11.25; Mt 6.15
A oração eficaz depende do perdão

Sexta - Mt 6.9-13
A oração-modelo de Jesus

Sábado - Lc 11.9,10
A persistência na oração



LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 6.5-13

INTERAÇÃO
Prezado mestre, na lição de hoje vamos estudar a respeito da oração-modeloensinada por Jesus Cristo. O ensino do Senhor a respeito da oração originou-se da súplica dos discípulos: “Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos” (Lc 11.1). Não são poucas as pessoas que querem obter uma “fórmula mágica de oração” a fim de obterem respostas rápidas e previsíveis às suas petições. Tais pessoas frequentememente perguntam: “qual a posição correta para orar?” ou “qual o horário ideal?” Na verdade deveriam fazer os seguintes questionamentos: “Será que nossas petições estão sendo realmente sinceras?” “Estamos dispostos a pôr em prática a instrução bíblica?” Para responder a essas perguntas precisamos atentar para cada detalhe da oração-modelo, começando pelo prefácio de Jesus: “Portanto, vós orareis assim: ...” (Mt 6.9).

OBJETIVOS
Explicar porque a oração é vital ao crente.
Compreender as implicações espirituais e práticas da oração-modelo.
Conscientizar-se de que a Palavra de Deus nos ensina a orar..

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, providencie algumas cópias do esquema abaixo para seus alunos. Escreva no quadro-de-giz as seguintes questões: “O que Jesus queria dizer ao afirmar: ‘“orando, não useis de vãs repetições, como os gentios?’” “O que exigia a adoração oficial romana?” “Em que os pagãos confiavam ao orar?” “O que significa ‘o pão nosso de cada dia’?” Dê um tempo para que os alunos leiam e respondam as questões. Depois de ouvir as respostas, faça as considerações que julgar necessárias. Conclua explicando o contexto histórico em que se originou esse ensinamento de Jesus. Boa aula!

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO

Na lição de hoje, estudaremos a respeito da oração mais conhecida de todos os tempos: a Oração do Pai Nosso. Para ensinar os discípulos a orar, Jesus proferiu esta conhecida oração (Mt 6.9-13). Esse modelo de oração é singular pela sua simplicidade e adequado pela sua objetividade e propósito; é um modelo que serve aos crentes

I. A ORAÇÃO DEVE SER INERENTE AO CRENTE

1. Aprendendo a orar com o Mestre. Jesus estava orando em determinado lugar com seus discípulos. Quando terminou de orar, os discípulos pediram-lhe que os ensinasse a orar, como também João ensinou aos seus discípulos (Lc 11.1). O Senhor Jesus deu início a sua aula sobre oração, declarando: “Portanto, orareis assim”. Todavia, Jesus não estava dizendo que os discípulos “deviam” repetir mecanicamente esse modelo de oração toda vez que buscassem a face de Deus
2. Os discípulos já conheciam a respeito da oração? Os discípulos já tinham conhecimento da importância da oração, pois os judeus devotos e os gentios que criam em Deus tinham como costume orar. De acordo com Atos 3.1, os judeus tinham um horário determinado para as orações: de manhã (as 9h), à tarde (as 15h) e à noite (no pôr do sol). Todavia, os discípulos nunca viram alguém orar como o Mestre.
Jesus no Sermão da Montanha ensinou a respeito de como devemos orar: “E, quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará” (Mt 6.5,6). Jesus ensinou acerca disso, porque os líderes religosos de sua época, gostavam das orações em lugares públicos para chamarem a atenção (Mt 6.5,6), porém Jesus ensina que devemos ter o nosso momento secreto com o Pai em oração (Mt 6.3).
3. A oração era algo habitual para Jesus e seus discípulos. Os discípulos podiam observar o exemplo de Jesus. A oração era uma prática habitual entre eles (Lc 5.16; At 3.1). Precisamos buscar a face de Deus em oração diariamente. É impossível que um discípulo não converse com seu mestre; que um servo não conheça o que o seu senhor deseja. Como está a sua vida de oração? Precisamos buscar a face de Deus em oração diariamente. A oração e a Palavra de Deus são imprescindíveis para uma vida cristã vitoriosa como discípulo e amigo do Senhor Jesus (Jo 15.15).

SINÓPSE DO TÓPICO (1)

A oração deve ser uma prática habitual na vida do crente.

II. A ORAÇÃO-MODELO

1. “Pai nosso, que estás nos céus” (v.9). Logo no início da Oração do Pai Nosso, Jesus ensina a quem devemos dirigir nossas petições. Deus é o Pai Celestial de todos os que seguem o “novo e vivo caminho”: o seu Filho Jesus Cristo (Hb 9.20; Jo 1.12,13; 14.6). A Bíblia declara que o Espírito Santo transmite ao crente a certeza de que Deus é seu Pai. O Espírito testifica com o nosso espírito de que somos filhos de Deus (Rm 8.15,16). Ao contemplar a Deus como Pai, o crente deve ter em mente três verdades bíblicas sobre o amor de Deus:
a) Deus nos amou primeiro. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). O seu amor por nós precede a nossa própria existência e, consequentemente, as nossas transgressões (Rm 5.8).
b) Deus nos adotou como filhos pelo Espírito de adoção (Rm 8.15). Por meio da obra redentora de Cristo Jesus na cruz, “[...] nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade (Ef 1.5).
c) Deus nos fez herdeiros seus. A única coisa destinada ao homem era a sua própria condenação, resultante dos seus pecados (Rm 6.23; Jo 3.18,19). Entretanto, Deus, que é riquíssimo em misericórdia quis nos justificar por sua graça e amor (Rm 3.24; Tt 3.7). Ele, “[...] segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, incontaminável e que se não pode murchar, guardada nos céus para vós” (1 Pe 1.3,4).
2. “Santificado seja o teu nome” (v.9). Deus é santo (Is 6.3). Seu nome é exaltado em cima nos céus e em baixo na terra, acima de qualquer outro nome (Is 12.4). A santidade de Deus é manifesta através do crente que dá bom testemunho. É dever de todo o crente honrar como santo o nome do Senhor nosso Deus, não só de lábios, mas com sua vida santa (1 Pe 1.15,16). Muitos estão profanando o nome de Deus à medida que dão mau testemunho.
3. “Seja feita a tua vontade” (v.10). Abrir mão da nossa vontade nem sempre é fácil, requer total dependência de Deus. Jesus, como homem perfeito, é o nosso exemplo. Certa vez Ele afirmou: “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou...” (Jo 4.34). Deus é um Pai amoroso e a sua vontade sempre é boa, agradável e perfeita, por isso, devemos nos submeter a ela com alegria. Entretanto, como descobrir a vontade de Deus? Mediante a oração. A oração não é um monólogo, mas um diálogo onde podemos ouvir Deus e saber qual direção tomar. Como está escrito: “Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas” (Sl 23.2).

SINÓPSE DO TÓPICO (2)

A oração-modelo ensina reconhecer a Deus como Pai; expressar sua soberania, santidade e dependência plena do Eterno.

III. DECORRÊNCIAS PRÁTICAS DA ORAÇÃO-MODELO

1. “O pão nosso de cada dia”: a luta diária contra a autossuficiência. Jesus nos ensina que, por mais que o homem trabalhe e lute para obter o seu sustento, Deus é o Provedor. Nenhum homem pode ignorar as providências divinas, mesmo que suas posses “garantam” sua manutenção (Dt 11.14,15; 28.12; Mt 5.45). A Bíblia declara que: “Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono” (Sl 127.2).
Deus conhece todas as nossas necessidades, de modo que não devemos estar inquietos por nossa subsistência (Mt 6,25-32; Sl 37.25; 34.10).
2. Perdão das nossas dívidas. O pecado é uma dívida que o homem contrai para com Deus quando transgride a sua Lei. O Senhor Jesus nos ensina a buscar o perdão do Pai e perdoar os que nos ofendem. Jesus deixa claro que só seremos perdoados por Deus pelas nossas faltas, se perdoarmos os que nos prejudicam: “se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós. Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas”(Mt 6.14,15).
Tais obreiros são disciplinados e, portanto, procuram estar sempre em constante oração.
3. Livramento do mal. Todo crente está sujeito às tentações e ataques do mal. Todos têm o seu lado frágil e susceptível ao mal de cada dia (Rm 7.15-19; Gl 5.17; Tg 1.14,15; 1 Co 10.12,13); este fato não pode ser negligenciado. Jesus nos advertiu: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mc 14.38).

SINÓPSE DO TÓPICO (3)

O suprimento diário, o perdão dos pecados e o livramento do mal são decorrências práticas da oração-modelo.

CONCLUSÃO

Quando o crente aprende biblicamente como se dirigir a Deus em oração, estando com a sua vida cristã em ordem, passa a ter a certeza de que suas orações serão respondidas. Afinal, as Sagradas Escrituras nos garantem: “Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito” (Lo.15.7).




AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOI

Subsídio Teológico
A oração e seu caráter natural
Mateus 6
“Quando orares, não sejas como os hipócritas (v. 5). Como podemos saber se a nossa religião é realmente hipocrisia? Quando é para ser vista pelos homens. É apenas hipocrisia quando as igrejas têm bons coros, exigem pregação de elevado estilo, fazem orações eloquentes..., mas sem o Espírito. É hipocrisia colocar todas as mercadorias na vitrine, dando a entender que a loja tem grande estoque. É hipocrisia quando a adoração sai da boca para fora; é sinceridade somente se sair do íntimo do coração.
Os hipócritas... se comprazem em orar em pé nas sinagogas (v. 5). Muitas vezes, a hipocrisia é tão acentuada nas igrejas que o mundo julga que todos os crentes são hipócritas.
[...] Entra no teu aposento (v. 6). É evidente que Cristo não condena a oração nos cultos públicos (Jo 11.41,42; 17.1; At 1.14). Mas, mesmo a oração pública deve ser com ‘a porta fechada’, i.e., com o mundo excluído do coração e em contato com o trono de Deus em espírito. Na maior multidão, o crente pode achar seu ‘quarto de oração’. Mesmo no tempo de tristeza e angústia, é difícil evitar a hipocrisia, mas em secreto é mais fácil orar sem fingimento” (BOYER, Orlando. Espada Cortante 1. Rio de Janeiro, CPAD, 2. ed. 2006, p. 313).



VOCABULÁRIO

Inerente: Que está por natureza inseparavelmente ligado a alguma coisa ou pessoa.
Providência Divina: Resolução prévia tomada por Deus visando a consecução de seus planos e decretos.
Suscetível: Capaz ou passível de receber, experimentar e sofrer certas impressões e modificações


BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

BOYER, Orlando. Espada Cortante. 2. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2006.
GEORGE, Jim. Orações Notáveis da Bíblia. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2007.
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2007.


SAIBA MAIS

Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 44, p.38.



EXERCÍCIOS

1. Quantas vezes durante o dia os judeus e devotos gentios oravam?
R. Três vezes ao dia.

2. A quem devemos dirigir nossas orações?
R. Deus, o Pai celestial.

3. Quais são as verdades bíblicas que o crente deve ter em mente sobre o amor de Deus?
R. Deus nos amou primeiro; Deus nos adotou como filhos pelo Espírito de adoção; Deus nos fez herdeiros seus.

4. O que Jesus deseja nos ensinar ao dizer “o pão nosso de cada dia”?
R. Que por mais que o homem trabalhe e lute para obter o seu sustento, Deus é o provedor.

5. Qual a condição, segundo a Oração do Pai Nosso, para recebermos o perdão de Deus?
R. Perdoar os que nos ofendem.

Lição 4 - 24 de outubro de 2010 - A Oração em o Novo Testamento

TEXTO ÁUREO
“Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar”
(1 Ts 5.16,17).

VERDADE PRÁTICA
A oração em o Novo Testamento tem como padrão a fé, a intensidade e a perseverança.

HINOS SUGERIDOS 243, 247, 415
 
LEITURA DIÁRIA

Segunda - Mc 1.35
Jesus orou durante o seu ministério

Terça -Jo 15.7,16
Jesus ensina sobre a oração

Quarta -At 1.13,14; 2.42
A Igreja Primitiva perseverava unânime em oração

Quinta -Ef 1.15-17
Paulo e sua vida de oração

Sexta - Cl 4.2,3
A oração com vigilância e gratidão

Sábado 1 Tm 2.1
A oração por todos

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Lucas 24.46,49,52,53;   -  Atos 1.4,5,12,14

INTERAÇÃO
Caro professor, o livro de Atos registra as ações inspiradas de um grupo especial de crentes. Nele estão incluídos os atos da Igreja, levantada no Pentecostes, por meio do Espírito Santo. As orações da Igreja Primitiva foram cruciais para os eventos sobrenaturais que marcaram os primeiros dias desse novo movimento do Espírito. Em diferentes épocas da Igreja surge a necessidade do estabelecimento de movimentos profundamente espirituais. Foi assim na Igreja Primitiva, na igreja medieval, e é assim na igreja contemporânea. Precisamos olhar para o passado a fim de corrigir o presente e aperfeiçoar o futuro.

OBJETIVOS

Conhecer a respeito da oração no início da igreja cristã.
Compreender os princípios da oração congregacional.
Conscientizar-se de que uma vida de oração resulta em ação onde vivemos.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, na lição de hoje analisaremos a oração num período histórico da Igreja. O objetivo é fazer uma exposição, ainda que resumida, entre os períodos históricos da Igreja (Antigo, Medieval e Moderno).
Reproduza o subsídio histórico eclesiológico, presente na seção Auxílio Bibliográfico II, e distribua cópias para os alunos. A partir do exemplo de Charles G. Finney, explique que ao longo da história da igreja cristã houve momentos em que surgiram movimentos de despertamento para mudar as suas ações. O exemplo da comunidade cristã primitiva influenciou Charles Finney a não se conformar com a mornidão espiritual da vida eclesiástica. Ele influenciou profundamente a sociedade de seu tempo a partir da sua vida de oração. Mostre aos alunos que os exemplos do passado forjam a esperança

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
 
Estudar a respeito da oração em o Novo Testamento é conhecer o princípio de uma nova fase no relacionamento de Deus com o homem. Uma fase iniciada na cruz de Cristo e consolidada com a descida do Espírito Santo sobre a igreja. Através da mediação de Jesus, o homem tem acesso direto a Deus, em qualquer lugar. Mais do que acesso; o crente em Jesus torna-se habitação do Santo Espírito.

I. A ORAÇÃO NO INÍCIO DA IGREJA

1. Jesus volta ao céu. Antes de ascender aos céus, Jesus reuniu-se com os seus discípulos no monte das Oliveiras. Jesus deu as últimas orientações e ordenou-lhes que “não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (At 1.4,12-14; 2.1-3). Deus também tem um trabalho glorioso para realizarmos, porém, não podemos fazer a obra dEle de qualquer maneira; precisamos do poder do Espírito Santo. Necessitamos do revestimento de poder do alto (Lc 24.49).
2. A primeira reunião de oração. Após a ascensão de Jesus, os discípulos se reuniram no cenáculo em oração (At 1.13,14). Podemos dizer que esta foi a primeira reunião de oração da igreja. Os discípulos aguardaram, em oração, a promessa de Jesus até que do alto todos foram revestidos de poder; ninguém foi excluído. Aprendemos com isso que as bênçãos de Deus, assim como a oração, são para todos. O resultado deste derramamento do Espírito Santo, que era aguardado com oração, foi a conversão de várias pessoas, a multiplicação dos milagres, a unidade da igreja e a comunhão entre os irmãos (At 2.40-43).
3. Oração ante a perseguição. Os discípulos diariamente se reuniam no Templo, e muitas pessoas criam em Cristo a cada dia. Não demorou para que a perseguição surgisse. Pedro e João foram presos, e as autoridades determinaram que não mais pregassem, nem ensinassem, no nome de Jesus. Porém, os cristãos não se abateram, “unânimes levantaram a voz a Deus” (At 4.24). Por conseguinte, “todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a palavra de Deus: “[...] E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça” (At 4.31,33).

SINÓPSE DO TÓPICO (1)

A oração na Igreja Primitiva era diária; nem mesmo a perseguição impediu os crentes de orar.

II. PRINCÍPIOS DA ORAÇÃO CONGREGACIONAL

1. O crescimento da obra de Deus. É imprescindível que o crente ore neste sentido. O próprio Jesus incentivou seus discípulos a ver a dimensão do trabalho a ser feito e a orar pela propagação do evangelho (Lc 10.2). Quando Jesus convocou seus discípulos, os chamou para “pescar” (Mt 4.19; Mc 1.17). O trabalho primordial da igreja foi resumido nas seguintes palavras do Mestre: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!” (Mt 28.19,20).
2. Outras necessidades. A oração em favor da igreja local e universal não pode permanecer focada exclusivamente no seu crescimento quantitativo, pois existem outras necessidades pelas quais precisamos interceder, por exemplo: orar pelos enfermos, desempregados, pelos que estão presos, etc. Muitas são as necessidades da igreja, e todas elas devem ser apresentadas a Deus por intermédio da oração.
3. A oração dos líderes. A Igreja do Senhor, por meio de seus dirigentes, sempre se dedicou à oração. Todo crente se sente confortado e confiante, tendo a certeza das orações intercessórias de seus dirigentes, inclusive nas reuniões congregacionais, dedicadas à oração. Paulo recomendou ao pastor Timóteo: “Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens” (1 Tm 2.1).
No livro de Atos, encontramos vários outros exemplos de líderes que oravam: Pedro e João (At 3.1; 8.14-17); os Doze (At 6.2,4); Pedro (At 9.40; 10.9-11); Paulo e Barnabé (At 14.23); Paulo e Silas (At 16.16,25); Paulo (At 20.36; 21.5; 22.17)

SINÓPSE DO TÓPICO (2)

Os princípios da oração congregacional passam pelo crescimento da igreja, apresentação de necessidades específicas e a dedicação integral à vida de oração de seus líderes.

III. O APÓSTOLO PAULO E A ORAÇÃO

1. As revelações do Senhor. Paulo foi o apóstolo que mais recebeu revelações acerca das doutrinas cristãs. Isso com certeza se deve ao fato de que ele orava. Seu amor, dedicação e zelo pela obra de Deus são incontestáveis e admiráveis. O desprendimento desse incansável homem de Deus pela evangelização resultou no acelerado crescimento da Igreja Primitiva. Paulo é um exemplo de como Deus pode transformar o caráter daquele que se entrega a Ele sem reservas (Gl 1.14; Fp 3.4-7).
2. O zelo de Paulo pela ordem na igreja. Paulo deixara Tito na igreja em Creta para que cuidasse das questões éticas e administrativas da comunidade. A situação era tão grave que o apóstolo precisou escrever uma carta àquele jovem pastor, expondo a urgente necessidade de se manter a ordem na igreja. Se os conselhos de Paulo a Tito fossem observados por todas as igrejas, não haveria tantos problemas na condução do rebanho do Senhor.
Paulo nos apresenta uma relação de qualidades indispensáveis aos obreiros da Igreja de Cristo: “Irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes [...], irrepreensível como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância; mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante, retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina” (Tt 1.5-9).
Tais obreiros são disciplinados e, portanto, procuram estar sempre em constante oração.
3. Paulo e a oração. Paulo era um líder que estava em contínua e constante oração, dia e noite (1 Ts 3.10). Ele exortou os crentes de Tessalônica a “orar sem cessar” (1 Ts 5.17). Paulo gostava de estar com os irmãos em oração: Ele orou com as irmãs (At 16.13); com os anciãos (At 20.36) e com um grupo de discípulos em Tiro (At 21.5). Não temos dúvidas de que Paulo foi um grande intercessor! Todavia, ele não somente orava, mas também rogava que outros irmãos orassem por ele. Repetidas vezes ele rogava as orações: “Ajudando-nos também vós, com orações por nós...” (2 Co 1.11); “Orando também juntamente por nós...” (Cl 4.3).

SINÓPSE DO TÓPICO (3)

Paulo era um líder que cultivava a prática da oração. Por meio da oração ele obteve revelações do Senhor e desenvolveu um piedoso zelo pela ordem na igreja.

CONCLUSÃO

A igreja nasceu e cresceu mediante a oração. Aos pés do Senhor, encontrou direção e disposição para o trabalho, bem como forças para não sucumbir diante das dificuldades e problemas que surgem no caminho, inclusive oposição e perseguições. As circunstâncias, pelas quais a igreja passa, podem mudar de diferentes maneiras ao longo do tempo, mas a necessidade de buscar a Deus em oração permanecerá até a volta do Senhor Jesus.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOI

Subsídio Bibliológico
A oração no livro de Atos e no ministério de Paulo
“Atos. Se Lucas é o evangelho da oração, o livro que o acompanha, Atos mostra a Igreja Primitiva como uma comunidade de oração. Os discípulos oram enquanto esperam pelo Espírito Santo (Lc 24.53; At 1.14) e depois de sua vinda as principais práticas da jovem igreja podem ser resumidas entre ‘ensinar’, ‘dividir os bens’, ‘distribuir o pão’ e ‘orar’ (2.42-45). Lucas descreve essa vida inicial de oração como perseverante e dotada de uma concordância (por exemplo, 1.14; 2.42,46). Como no Evangelho de Lucas, a oração acompanha as crises de decisão (At 1.24), de libertação (4.24ss.; 12.5; 16.25) ou de confiança (7.60). Ela também está permanentemente associada à prática da imposição de mãos, e à vinda do Espírito Santo sobre indivíduos ou grupos (6.6; 8.14-17).
Paulo. A contribuição paulina à teologia da oração do NT é a sua grande ênfase na ação de graças. O fato de todas as suas epístolas, exceto Gálatas e Tito, terem uma expressão de ação de graças ou bênção de Deus logo de início, ou pouco depois da saudação, não pode ser explicada apenas como uma mera forma epistolar, pois está enraizada na teologia paulina. Paulo acreditava que toda oração deve incluir ação de graças (Fp 4.6; Cl 4.2), pois as ações de graças (eucharistia) faziam com que a glória ascendesse a Deus pela graça (charis) que havia descido sobre nós em Jesus Cristo (cf. 2 Co 1.11).
O ensino geral de Paulo sobre a oração foi muito bem resumido em 1 Timóteo 2.1-9” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro, CPAD, 2009, p. 1421).


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOII

Subsídio de História Eclesiástica
“Charles G. Finney foi um dos principais evangelistas da América do Norte. Nasceu em 1792, num lar sem qualquer influência evangélica. A princípio, tornou-se professor de escola primária e, mais tarde, aprendiz num escritório de advocacia no Estado de Nova Iorque. Enquanto estudava para prestar exames na faculdade de Direito, descobriu que a Bíblia era o alicerce das leis norte-americanas. [...] Com idade de vinte e nove anos, Finney rendeu sua vida a Cristo e abandonou seus planos de se tornar advogado para pregar o Evangelho. Imediatamente, o reavivamento acompanhou a prédica de Finney. Pessoas eram arrebanhadas para o Reino de Deus em reavivamento após reavivamento.
A oração era o principal ingrediente no sucesso de Finney. Tudo quanto fazia era precedido pela oração.
A clássica obra de autoria de Finney, Lectures on Revivals of Religion [Palestras sobre Reavivamento da Religião], [...]. Do capítulo ‘The Spirit of Prayer’, temos este impressionante trecho:
‘Oh, quem nos dera uma igreja que orasse! Certa feita, conheci um ministro que teve um reavivamento por catorze anos seguidos. Não sabia como explicar a razão disso, até que presenciei um de seus membros se levantar numa reunião de oração e fazer uma confissão. ‘Irmãos’, disse ele. ‘Há muito que tenho o hábito de orar todos os sábados à noite até depois da meia-noite, pela descida do Espírito Santo entre nós. E agora, irmãos’ – e ele começou a chorar – ‘confesso que tenho negligenciado isso por duas ou três semanas...’ Aquele ministro tinha uma igreja dedicada a oração” (Finney, Lectures on Revivals, pp. 99,100). (BRANDT, Robert L.; BICKET, Zenas J. Teologia Bíblica da Oração. 4. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2007, pp. 459-61).
“Contudo, Finney também acreditava na reforma social, em que indivíduos convertidos fariam uma grande diferença na cultura como um todo. Quando as pessoas vêm para Cristo não podem simplesmente aquecer-se em sua salvação recém-encontrada. Elas precisam investir sua energia na transformação da cultura, fazendo cessar as coisas que violam os princípios bíblicos. Foi exatamente neste ponto que a segunda carreira de Finney teve uma influência impressionante. Ele envolveu-se fortemente nos movimentos antiescravagista, de direitos da mulher e de abstinência (de alcoolismo). Donald Dayton escreve:
O próprio Finney fez conversões fundamentais e nunca quis substituir o avivamento pela reforma, mas ele fez as reformas com um ‘complemento’ ao avivamento. Por exemplo, ao discutir a questão do escravagismo, o evangelista desejava fazer da ‘abolição um complemento, exatamente como, em Rochester, fez a abstinência um complemento ao avivamento’. Com esta conexão, Finney preservou a centralidade dos avivamentos, ao mesmo tempo em que promovia as reformas e impelia seus convertidos a assumirem novas posições sobre questões sociais” (GARLOW, James L. Deus e seu Povo. A História da Igreja


VOCABULÁRIO

Imprescindível: que não pode prescindir; indispensável.
Dimensão: extensão mensurável que determina a porção de espaço ocupada por um corpo; tamanho, proporção.


BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

ZUCK, Roy B. (ed). Teologia do Novo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2008.
BRANDT, Robert L.; BICKET, Zenas J. Teologia Bíblica da Oração. 4. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2007.
SOUZA. Estevam Ângelo. Guia Básico de Oração: Como Orar com Eficácia no seu Dia-a-Dia. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2002.
Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro, CPAD, 2009.


SAIBA MAIS

Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 44, p.38.



EXERCÍCIOS

1. Onde aconteceu a primeira reunião de oração da Igreja Primitiva?
R. No cenáculo.

2. Qual foi o resultado do derramamento do Espírito Santo?
R. A conversão de várias pessoas e a multiplicação dos milagres (At 2.40-43).

3. Cite três exemplos de líderes que oravam a Deus.
R. Paulo e Barnabé (At 14.23); Pedro e João (At 3.1; 8.14-17); Os doze (At 6.2,4).

4. O que Paulo nos assevera, nos versículos 5 a 9 do primeiro capítulo de Tito?
R. A verdadeira igreja de Cristo não subsiste sem obreiros irrepreensíveis em todas as áreas da vida, em particular, a oração.

5. Qual a exortação de Paulo aos crentes de Tessalônica?
R. Orar sem cessar.

Lição 3 - 17 de outubro de 2010 - A Oração Sábia


TEXTO ÁUREO


 
“E, acabando Salomão de orar, desceu fogo do céu e consumiu o holocausto e os sacrifícios; e a glória do SENHOR encheu a casa”(2 Cr 7.1).


VERDADE PRÁTICA

Apregoar a fidelidade do Senhor e adorá-Lo com humildade leva-nos a interceder pelo próximo.

HINOS SUGERIDOS 243, 247, 415

LEITURA DIÁRIA

Segunda - 1 Rs 3.7-12

Salomão pede a Deus sabedoria


Terça - 1 Jo 5.14

A oração é subordinada à vontade de Deus

Quarta -1 Rs 3.7,9,11,12

A oração que agrada a Deus

Quinta -Lc 12.31

A oração prioriza o Reino de Deus

Sexta - 2 Cr 6.18-20

Salomão consagra o Templo em oração

Sábado -2 Cr 7.12-16

O Senhor responde a oração de Salomão


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE    2 Crônicas 6.12,21,36,38,39



INTERAÇÃO



Prezado professor, esta lição trata da oração mais longa já realizada em toda literatura bíblica: a oração do rei Salomão (1 Rs 8.22-53). Depois de concluir “o santuário real”, no décimo primeiro ano do seu reinado (1 Rs 6.38), Salomão inaugurou o Templo oferecendo sacrifícios ao Senhor (1 Rs 8). O rei estendeu as mãos para os céus e ofereceu uma oração de dedicação. Ele orou pelo o povo, pedindo a Deus que respondesse todas as petições que ali fossem feitas. Rogou para que a salvação e a benevolência do Senhor estivessem em suas vidas. Salomão encerra a dedicação do Templo oferecendo sacrifícios pacíficos, ofertas queimadas e ofertas de manjares ao Eterno (1 Rs 8. 62-66).


OBJETIVOS


Conhecer o contexto familiar de Salomão antes de ascender ao trono como rei de Israel.



Explicar as características da oração de Salomão.



Conscientizar-se de que precisamos de sabedoria para a eficácia de nossas orações.





ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA



Professor, reproduza o esquema da página seguinte no quadro-de-giz ou tire cópias para os alunos. Ao introduzir o tópico II, peça que os alunos leiam e discutam as principais petições de Salomão de acordo com o esquema.

A seção Auxílio Bibliográfico II o auxiliará no uso do esquema. Leia Mateus 22.37-39 e conclua explicando que o princípio norteador das petições de Salomão é a preocupação com a necessidade do próximo, conforme o ensino de Jesus.









COMENTÁRIO





INTRODUÇÃO



Salomão amava ao Senhor, e seguia os conselhos de seu pai Davi. Certa vez Salomão, num ato de adoração ao Senhor, ofereceu mil sacrifícios em Gibeão (1 Rs 3.4). Lá estava o tabernáculo e o altar de bronze que Moisés havia erigido no deserto (2 Cr 1.2-5). Naquela mesma noite, o Senhor apareceu em sonhos a Salomão. Neste sonho, Deus faz ao rei uma pergunta, dando-lhe a oportunidade de pedir o que desejasse, e sua resposta foi: sabedoria para governar o povo de Israel (1 Rs 3.3-10). Ao acordar do sonho, ele voltou à Jerusalém, ao tabernáculo, e ofereceu mais sacrifícios a Deus. Naquela noite, Salomão teve uma experiência com Deus que marcou seu reinado e, enquanto esteve perante o altar do Senhor, reinou com notória sabedoria e sucesso.



I. VIVENDO A DIFERENÇA



1. O lar de Salomão. Salomão viveu num lar marcado por sucessivos problemas morais como o incesto entre seus irmãos Tamar e Amnom (2 Sm 13.1-17); o assassinato de Amnom (2 Sm 13.23-29), a usurpação do trono de Davi por seu filho Absalão (2 Sm 15.1-8), que, mais tarde, prostituiu-se com as concubinas de seu pai (2 Sm 16.20-23). Embora Davi tenha sido um ótimo rei em Israel, deixou muito a desejar como pai.

2. Salomão e o altar de Deus. As experiências de Salomão com Deus no altar da oração evidenciam que é possível, a qualquer crente, permanecer firme e inabalável na fé, independente do meio no qual esteja, como é o caso de José (Gn 39.7-21), Daniel (Dn 1.8,9), Misael, Hananias e Azarias. Muitos crentes através da história sofreram ao ter de viver a sua fé em ambientes hostis, no entanto, permaneceram fiéis ao Senhor (Hb 11.36-38).

3. A oração de Salomão na inauguração do Templo. A oração de Salomão revela a sua bondade e a grandeza de seu coração para com o povo (2 Cr 6.12-42), bem como manifesta o seu conhecimento sobre o que Deus é capaz de fazer por meio da oração, algo que todo crente deve meditar (2 Cr 7.1,12-18). A confiança no poder de Deus demonstrada por Salomão também deve estar presente na vida dos crentes.



SINÓPSE DO TÓPICO (1)



Salomão viveu a diferença através da aproximação com o altar de Deus, exposta na oração inaugural do Templo, em meio ao contexto vivencial no palácio de seu pai.



II. AS CARACTERÍSTICAS DA ORAÇÃO DE SALOMÃO



1. Salomão confessou que Deus é único (2 Cr 6.14). Em sua oração, Salomão enfatizou o fato de o Senhor ser o único Deus e, portanto, os demais deuses das religiões politeístas serem falsos (Dt 6.4; Is 43.10; 45.22). Que em nossas orações sigamos o exemplo de Salomão, adorando e exaltando ao Criador, porque Ele é o Deus verdadeiro, o único a quem devemos tributar honras, glórias e louvores (Rm 16.27; 1 Tm 1.17; 1 Co 8.6).

2. Salomão proclama a fidelidade de Deus (2 Cr 6.14,15). A fidelidade de Deus, seu poder e sua perfeição, são a essência de seu ser. Ele cumpre a sua Palavra em tudo o que promete (2 Tm 2.13). Salomão estava vivendo o cumprimento das ricas e infalíveis promessas divinas feitas, antes do seu nascimento, a Davi, seu pai (1 Cr 22.9,10; 2 Sm 7.12-16). A confiança do crente na fidelidade de Deus, manifesta em suas orações de petição e gratidão, determinará a maneira como seus descendentes verão a Deus

3. Salomão era sensível ao bem-estar de seu povo. A oração feita por Salomão (vv.12-4; 1 Rs 8.22-54) demonstra o seu amor e a sua preocupação pelas necessidades sociais e espirituais do povo; é o ministério de intercessão; da benevolência (Rm 12.13-20).



SINÓPSE DO TÓPICO (2)



A confissão da unicidade de Deus, a proclamação de sua fidelidade e a sensibilidade pelo bem-estar do povo são características marcantes da oração de Salomão.



III. A ORAÇÃO INTERCESSÓRIA



1. No Antigo Testamento. Salomão demonstrou a mesma sensibilidade espiritual vista em Abraão, quando intercedeu diante de Deus, antes da destruição de Sodoma e Gomorra (Gn 18.22-33). O mesmo sentimento teve Moisés, concernente ao povo de Deus escravizado no Egito. Ele não só orava, mas também sofria pelo povo (Hb 11.24-26). Em angústia, suplicava por socorro ao Senhor, que lhe respondia (Êx 6.1-10; 14.15).

2. No período interbíblico. O vocábulo interbíblico significa “entre a Bíblia”, ou seja, período entre o Antigo e o Novo Testamento. Sabemos que neste período não houve nenhuma revelação divina escrita, porém, acreditamos que os piedosos servos de Deus deste período oravam, aguardando a vinda do Messias e a redenção em Jerusalém (Lc 2. 36-38).

3. Em o Novo Testamento. Ana, a profetisa, filha de Fanuel, viúva de quase 84 anos, não cessava de orar no Templo na época do nascimento de Jesus (Lc 2.36-38). Seu assunto central nas orações era a redenção em Jerusalém (v.38). Todo crente foi chamado por Deus para fazer parte do reino sacerdotal do Senhor (1 Pe 2.5,9). A tarefa do sacerdote no Antigo Testamento era interceder pelo povo perante o Senhor. Hoje o crente desempenha para Deus a missão de intercessor, clamando em favor do povo de Deus e dos pecadores.



SINÓPSE DO TÓPICO (3)



A oração intercessória de Salomão pode ser comparada, em sua sensibilidade, com a dos protagonistas nos períodos do Antigo Testamento, o Interbíblico e o Novo Testamento.







CONCLUSÃO



A prática da oração intercessória leva o crente a sensibilizar-se diante das necessidades do próximo. Você tem orado pelos outros? Salomão não pediu nada para si, mas pediu sabedoria para governar seu reino. Quando orar, não seja egoísta. Aprenda com Salomão e ore ao Senhor, rogando-lhe sabedoria para servir a Ele e, por conseguinte, ao próximo.





AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOI



Subsídio Devocional

Devemos aprender com Salomão

“Os tipos de intercessão aqui referidos estão relacionados com o povo de Deus, com a comunidade de que somos parte, aqueles que entre nós precisam de ajuda, de mãos fortes dos que exercem o ministério sacerdotal, neste aspecto bíblico da oração.

Outro exemplo aprendemos de Salomão, quando este ora e intercede pelos de fora. Pede ao Senhor: ‘Também ao estrangeiro, que não for do teu povo Israel, porém vier de terras remotas, por amor do teu grande nome, e por causa de tua mão poderosa e do teu braço estendido, e orar, voltado para esta casa, ouve tu dos céus, do lugar da tua habitação, e faze tudo o que o estrangeiro te pedir, a fim de que todos os povos da terra conheçam o teu nome, para te temerem como o teu povo Israel, e para saberem que esta casa, que eu edifiquei, é chamada pelo teu nome’ (2 Cr 6.32,33).

Quando nossa alma está avivada e abrasada pelo fogo do Espírito Santo, não somente pregamos aos pecadores, mas também intercedemos por eles, como expressão de ardente desejo de vê-los salvos. Isto é parte do ministério cristão, é coisa que pode e deve ser feita por todos os salvos.

Orar e interceder pelos fracos da igreja e pelos perdidos do mundo é importante missão a ser desempenhada pelos que tem no coração o amor de Deus. Não ore de forma mecânica. Ore, suplique e interceda. Há muitos por quem orar!” (SOUZA, Estevam Ângelo. Guia Básico de Oração. Como Orar com Eficácia no seu Dia-a-Dia. Rio de Janeiro, CPAD, 2002, p. 197).





AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOII



Subsídio Devocional

A oração de Salomão (1 Rs 8)

“A oração de Salomão apresenta três divisões facilmente identificáveis:

1. Um apelo geral para que Deus honrasse sua palavra a Davi e ouvisse a oração de seu servo, Salomão (vv. 22-30).

2. Sete petições especiais (vv. 31-50). Essas petições foram expressas mediante paralelismos poéticos. Suas colocações foram colocadas de um modo condicional, contrapondo-se o vocábulo ‘quando’ (ou ‘se’) à palavra ‘então’.

Quando um homem for obrigado a prestar algum juramento, então ouve do céu e age (vv.31,32).

Quando o povo de Israel confessar o seu pecado, então ouve do céu e perdoa o seu pecado (vv. 31,32).

Quando se converterem do seu mau caminho, porque os afligiste, então ouve do céu e perdoa-lhes o pecado (vv. 35,36).

Quando o povo enfrentar fome, ou praga, e voltar-se para ti em oração, então retribui a cada um segundo o seu coração (vv. 37-40).

Quando chegar um estrangeiro e orar voltado para o templo, por causa do teu grande nome, então faze tudo o que ele clamar a ti (vv. 41-43).

Quando enviares o teu povo à guerra, e eles orarem, então ouve do céu e sustenta a causa deles (vv. 44,45).

Quando forem levados em cativeiro, se abandonarem o seu pecado e orarem, então ouve a sua oração e perdoa-lhes o pecado (46-51).

3. Um apelo final, solicitando o cuidado especial de Deus sobre o povo que escolhera para que fosse seu, entre todos os povos da terra (51-53).

Digno de destaque na oração de Salomão é sua consciência de que as bênçãos e as provisões de Deus estão relacionadas a ações concretas no sentido de satisfazer aos requisitos e condições divinos. Esquecer esse fato é orar em vão.

O versículo 27, ao reconhecer a onipresença de Deus como o faz revela a percepção que Salomão tinha da grandeza e infinidade divinas, certamente um ingrediente vital na oração eficaz. Quão completamente gratificante é abandonarmos nossas limitações humanas e nos voltarmos para o Deus Todo-Poderoso! Pois não há quem se iguale àquEle que é, ao mesmo tempo, infinito e eterno, que não pode ser contido numa mera casa terrestre, e tampouco no Céu dos céus. Nosso Deus não habita nos espaços limitados do tempo, nem está subordinado à sucessão infinita dos anos. Quão grande é o Senhor!” (BRANDT, Robert L.; BICKET, Zenas J. Teologia Bíblica da Oração. Rio de Janeiro, CPAD, 4. ed., 2007, pp. 143-4).





VOCABULÁRIO



Impregnado: Que se impregnou; embebido; encharcado; profundamente influenciado.

Unicidade: Qualidade ou es-tado de ser único; singularidade.





BIBLIOGRAFIA SUGERIDA



SOUZA. Estevam Ângelo. Guia Básico de Oração: Como Orar com Eficácia no seu Dia-a-Dia. Rio de Janeiro, CPAD, 2002.

GEORGE, Jim. Orações Notáveis da Bíblia. Rio de Janeiro, CPAD, 2007.

BRANDT, Robert L.; BICKET, Zenas J. Teologia Bíblica da Oração. Rio de Janeiro, CPAD, 4. ed., 2007.





SAIBA MAIS



Revista Ensinador Cristão

CPAD, nº 44, p.37.







EXERCÍCIOS



1. O que aprendemos mediante as experiências de Salomão com Deus no altar da oração?

R. Que é possível a qualquer crente permanecer firme e inabalável na fé, independente do meio no

qual ele necessite estar



2. O que a oração de Salomão na inauguração do Templo revela acerca de sua pessoa?

R. Revela a sua bondade e a grandeza de seu coração para com o povo (2 Cr 6.12-42).



3. Cite duas características da oração de Salomão.

R. Confissão de que Deus é único; Sensibilidade pelo bem-estar do povo.



4. O que significa período interbíblico?

R. Significa “entre a Bíblia”, ou seja, o período entre o AT e o NT.



5. Qual era o assunto central nas orações de Ana?

R. A redenção em Jerusalém.

Lição 2 - 10 de outubro de 2010 - A Oração no Antigo Testamento

TEXTO ÁUREO

“Então, os sacerdotes e os levitas se levantaram e abençoaram o povo; e a sua voz foi ouvida, porque a sua oração chegou até à sua santa habitação, aos céus”(2 Cr 30.27).

VERDADE PRÁTICA

Assim como hoje, a oração no Antigo Testamento era um canal permanente de comunicação entre Deus e o seu povo.

HINOS SUGERIDOS 84, 126, 380

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Gn 1.28

O primeiro registro de comunicação entre Deus e o homem

Terça - Gn 4.26

A oração em o nome do Senhor inicia com Sete e seu filho

Quarta -Gn 18.23-33

Abraão intercede a Deus pelo povo

Quinta -Êx 8.30,31

Moisés orou, e Deus lhe respondeu

Sexta - Sl 34.6

Moisés orou, e Deus lhe respondeu

Sábado -Jr 15.15-18,20

Jeremias, o profeta, é consolado na oração a Deus


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE 1 Reis 18.31-39

INTERAÇÃO

Prezado professor, na lição de hoje veremos que a oração está entre as mais antigas práticas da humanidade. O primeiro registro de oração no Antigo Testamento encontra-se no livro de Gênesis. Porém, o tema oração permanece em evidência até o livro de Malaquias. A prática da oração está presente em todas as religiões. Todavia, entre todas as criaturas do Senhor, somente o homem tem o privilégio de orar. A oração é o elo entre o Criador e a sua principal criação: o homem. Já no Antigo Testamento podemos notar que a oração sempre esteve presente na vida de homens e mulheres que possuíam intimidade com o Todo-Poderoso.


OBJETIVOS

Descrever a oração no Pentateuco, e nos livros Proféticos e Poéticos.

Explicar o desenvolvimento da oração no Antigo Testamento

Conscientizar-se de que a oração é o elo entre Deus e o homem.


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, reproduza a tabela abaixo no quadro-de-giz ou tire cópias para os alunos. Ela será útil na introdução da lição. Destaque, o desenvolvimento da oração no Antigo Testamento, de acordo com os períodos históricos de Israel: o patriarcal, o monárquico e o profético. Explique aos alunos que tais períodos manifestam-se nas principais divisões do Antigo Testamento: Pentateuco; livros históricos; livros proféticos (além dos livros poéticos conforme tratado na lição).

Enfatize o fato de que os protagonistas de cada período oravam a Deus em quaisquer circunstâncias. Diga ao seu aluno que precisamos cultivar uma vida de oração ao Senhor à luz do veterotestamentário. Boa aula!


A ORAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO

Período Patriarcal

Adão - Comunicação entre Deus e Adão (Gn 1.28); Sete - (Gn 4.26.); Enoque - A comunhão de Enoque com Deus (Gn 5.2); Nóe - (Gn 6.9,13;7.1); Abraão - (Gn 13.4;18.23-33); Isaque - (Gn 25.21; cf. 26.24,25); Jacó - (Gn 28.20-22); Jó - (Jó 40.3-5; 42.1-6); Moisés - (Êx 14.13-15; 32.10-14).

Período Monárquico

Saul - (1 Sm 14.35,37); Davi - Dependência de Deus (1 Sm 23.2, 4,10-12); em tempo de grandes bênçãos (2 Sm 7.18-22); em tempos de fracasso (2 Sm 12.16; 24.17; 1 Cr 21.26); como expressão de louvor (2 Sm 22.1); Salomão - oração humilde por sabedoria (1 Rs 3.5-9); renovação do pacto no Templo do Senhor (1 Rs 8.22-53); Reis posteriores - Asa (2 Cr 14.11); Josafá (2 Cr 20.3-13) Ezequias (2 Rs 19.15-19; Is 36 e 39).

Período Profético

Elias - Oração poderosa e eficaz (1 Rs 17.20-22); Elizeu - Restaurando vida (2 Rs 4.32-35); Isaías - (Is 6.5-11; 25.1-9; 26.3,7-9); Jeremias - (Jr 1.1-8; 3.22,33; 12.1-4; Lm 1.20-22); Ezequiel - (Ez 4.14; 9.8; 20.49); Daniel - (Dn 2.17,18; 9.4-10,13,16,18,19); Profetas posteriores - (Jl 1.19,20; Am 7.5; Jn 2.2-9; Hc 1.2-4; 3.2-6, 10-19).

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Estudar a respeito da oração no Antigo Testamento é ter contato com as origens deste imprescindível meio de relacionamento do homem com Deus. Nada se iguala à segurança de sabermos que o Senhor está no controle: Ele pode tudo, sabe tudo e tudo vê. O povo de Deus do Antigo Testamento tinha esta certeza, embora muitas vezes não vivesse de acordo com ela por se afastarem dEle. Nas principais divisões do cânon judaico, citadas por Jesus Cristo em Lucas 24.44, nota-se que a oração sempre foi uma prática das pessoas que possuíam intimidade com o Eterno Deus. Tendo em vista os seus exemplos, a presente lição mencionará algumas breves narrativas das Escrituras veterotestamentárias, sendo provenientes de cada uma das divisões em que o diálogo com Deus foi decisivo.

I. A ORAÇÃO NO PENTATEUCO

1. A oração durante o Êxodo de Israel. Todo o relacionamento divino com Israel foi aprofundado pela experiência do Êxodo; antes, durante e após este. No deserto de Midiã, o Senhor ressaltou esta verdade: “Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores. Portanto, desci para livrá-lo da mão dos egípcios, e para fazê-lo subir daquela terra a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel” (Êx 3.7b,8a).

2. A gratidão de Israel a Deus. O povo de Deus era feliz e agradecido ao Eterno Deus por ter sido liberto do jugo do Egito, da escravidão, do cativeiro, da aflição (Êx 14.30,31; Sl 105.37-43; 136.11-26). Após sair do Egito e sofrer a perseguição do exército de Faraó que acabou morto no Mar Vermelho, o povo de Israel, uma vez livre, exultou e agradeceu ao Senhor (Êx 15.1,2; Sl 136.10-16). Que tipo de adoração o crente eleva ao Senhor se estiver sempre em sua mente a grandíssima libertação operada em sua vida com a sua entrega ao Senhor Jesus, conversão e salvação? Tudo recebido pela graça e amor de Deus! Esse crente se prostrará agradecido diante daquEle que o livrou da escravidão do pecado e o tirou do reino das trevas para a sua maravilhosa luz e também testemunhará de Cristo para os outros.

3. O esquecimento e a ingratidão de Israel. O povo de Deus demonstrou ingratidão ao esquecer-se daquEle que o ajudou e também daquilo que dEle receberam. Em sua obstinada ingratidão, Israel mentiu ao afirmar que a comida que haviam deixado para trás, no Egito, era de “graça”, pois foi paga com o trabalho escravo (Nm 11.5). Israel foi ingrato e descuidado ao deixar o Egito com pessoas não crentes entre eles (Êx 12.38). A “mistura de gente” levou o povo ao declínio espiritual, levando a adoração a Deus a se transformar em murmuração e idolatria (Êx 15.23,24; 16.2-12; 17.2,3; 32.1-11; Nm 11.1-6; 14.1-4). O crente deve descansar nos propósitos de Deus e ser-Lhe grato por tudo (Rm 8.28; 1 Ts 5.18). Nesse aspecto, o texto paulino de 1 Coríntios 10.1-13 é um aviso de Deus para a igreja de hoje.

SINÓPSE DO TÓPICO (1)

A oração durante o Êxodo de Israel pode ser dividida em: gratidão a Deus pela libertação da escravidão do Egito e ingratidão e esquecimento por deixar-se contaminar com outros povos.

II. A ORAÇÃO E OS PROFETAS

1. A oração como fator decisivo no ministério profético. A oração era o elo entre os profetas do Antigo Testamento e Deus. Por transmitir somente a verdade do Senhor, os porta-vozes de Deus não eram muito benquistos pela sociedade da época. Entretanto, as orações dos profetas mostram seu zelo pela Palavra de Deus, seus lamentos e advertências quando não eram ouvidos pelo povo. Muitos profetas exerceram seus ministérios em uma época em que os israelitas viviam uma vida espiritual apenas de aparência. Eles empenhavam-se em fazer com que o povo compreendesse que para Deus o que vale realmente é uma vida de compromisso com Ele, um culto real, uma adoração precedida da consagração, e não uma adoração de palavras vazias jogadas ao ar (Mq 6.6-8; Is 29.13; Am 5.10-15). Deus requer o mesmo dos seus filhos hoje (Tg 1.25-27). O crente em Jesus deve viver de forma compatível com a nova natureza que lhe foi gerada (Cl 3.1-17; Ef 4.17-32; 2 Pe 1.4-9).

2. O profeta Elias. A necessidade e o anseio de tornar Deus conhecido no meio do seu próprio povo, que estava envolvido com idolatria, motivou o profeta Elias a proferir uma das mais notáveis, destemidas e fervorosas orações do Antigo Testamento. Elias arriscou sua vida e demonstrou submissão, coragem e fé em Deus diante de todo o povo escolhido e dos profetas de Baal e Asera (quantos podem fazer isso abertamente como Elias nos dias atuais?) e orou, depositando toda sua confiança no Deus de Israel, pedindo fogo do céu, no que foi prontamente atendido. O Senhor foi glorificado no meio do povo, e a história de Israel mudou naquele dia (1 Rs 18.36-39).

3. O profeta Eliseu. Assim como Elias, Eliseu demonstrou ter uma vida de humildade e íntima comunhão com o Senhor. Sua vida de oração permitiu que tivesse uma profunda e ampla visão de mundo, algo que só os íntimos podem usufruir (2 Rs 6.8-23). Este relacionamento com o Senhor lhe dava a certeza de que suas orações seriam prontamente atendidas. Quanto mais o homem conhece a Deus e sua Palavra, mais suas orações estarão de acordo com a vontade divina e, portanto, mais e prontamente serão respondidas (Jo 15.7). Tal homem de Deus orava “no Espírito Santo” (Jd v.20; Ef 6.18).

SINÓPSE DO TÓPICO (2)

As vidas de Elias e Eliseu confirmam a oração como elo entre os profetas do AT e Deus.

III. OS LIVROS POÉTICOS E A ORAÇÃO

1. Jó. Este é um livro que mostra claramente o valor da adoração e da oração (Jó 1.5; 16.16,17; 42.8). Mesmo em meio às adversidades sofridas, Jó manteve-se fiel ao Senhor (1.20-22) e pôde experimentar grande vitória justamente no momento em que orava (42.10).

2. Salmos. Os Salmos expressam o relacionamento de Israel com Deus. Neles observamos a relação do homem com seu Criador: suas alegrias, tristezas, louvores, lamentações, súplicas e adorações são expressas por meio das mais diversas formas. Os vários tipos de salmos evidenciam que se pode expressar o estado da alma diante de Deus, pois os seus diferentes estados não precisam ser suprimidos na vida de um autêntico servo de Deus.

3. A experiência de Asafe. É praticamente impossível não se identificar, em algum momento de nossa vida, com os sentimentos expressados por Asafe no Salmo 73. Entretanto, precisamos, através da oração, “entrar no santuário de Deus” para, assim como o salmista, entender os propósitos do Senhor para nossas vidas.

SINÓPSE DO TÓPICO (3)

Os livros poéticos de Jó e Salmos mostram o valor da oração e o relacionamento pessoal de Deus com o seu povo respectivamente.

CONCLUSÃO

Estudar a oração no Antigo Testamento leva o crente a aprimorar seu relacionamento e crescer em maturidade para com Deus. Homens do passado usufruíram de íntima comunhão com o Criador mediante a oração. Como seres humanos, nossas ansiedades e necessidades podem e devem ser colocadas diante daquEle que é o nosso Pai (Fp 4.6; 1 Pe 5.7).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOI

Subsídio Teológico

“O livro dos Salmos é uma coletânea de poesia hebraica inspirada pelo Espírito Santo; descreve a adoração e as experiências espirituais do povo de Deus no Antigo Testamento. É a parte mais íntima e pessoal deste testamento, pois nos mostra como era o coração dos fiéis naquele tempo, e a sua comunhão com Deus.

Nos livros históricos da Bíblia, Deus fala acerca do homem; nos livros proféticos, Deus fala ao homem, e nos Salmos, o homem fala a Deus.

A alma do crente pode ser comparada a um órgão cujo executor é Deus. Nos Salmos, percebe-se como Deus toca todas as emoções da alma piedosa, produzindo cânticos de louvor, confissão, adoração, ações de graças, esperança e instrução. Até hoje, não foi achada linguagem melhor para que nós nos expressemos diante de Deus. As palavras dos Salmos são linguagem da alma” (PEARMAN, Myer. Salmos. Adorando a Deus com os Filhos de Israel. 5. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2007, p. 5).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOII

Subsídio Bibliológico

“No AT, a oração pode ser adequadamente descrita em termos dos grandes homens de Israel que aparecem muitas vezes como grandes intercessores perante Deus em nome do povo. Nessa função, eles manifestaram uma incrível coragem e persistência. Abraão implora a Deus pela pecadora Sodoma, insistindo de forma obstinada no número de justos pelos quais a cidade poderia ser poupada (Gn 18.22-33).

Jacó luta com o anjo (Gn 32.24-32), uma experiência que foi interpretada no próprio AT em termos de oração (Os 12.4).

Moisés pede para o seu nome ser apagado do livro da vida, se Deus não perdoar aqueles que adoraram o bezerro de ouro (Êx 32.31ss.; cf. Nm 14.13-19). As orações relativas à experiência do exílio são feitas com o mesmo espírito de intercessão, mas com uma ênfase maior na humildade, na confissão e no arrependimento; por exemplo, as orações de Daniel (Dn 9.3-19), Esdras (Ed 9.5-15) e Neemias (Ne 1.5-11). A grande oração da aliança expressa em Neemias 9.10 representa toda a história sagrada desde Abraão até Esdras com suas características de pecado, confissão, perdão, renovação, e votos de fidelidade à lei de Deus.

O livro dos Salmos é o livro de orações do AT, abrangendo todo tipo imaginável de oração – louvor, súplica, intercessão e ação de graças. [...] Nas orações penitenciais o justo torna-se mais consciente de seus pecados do que de seus inimigos externos, e suplica o perdão divino, muitas vezes com uma urgência idêntica e quase escatológica (por exemplo, Sl 32, 38, 51)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro, CPAD, 2006, p. 1420).

VOCABULÁRIO

Veterotestamentária: Relativo ao Antigo Testamento.

Benquisto: Bem-aceito; bem-visto.

Exator: Cobrador ou arrecador de impostos.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro, CPAD, 2006.

BRANDT, Robert L.; BICKET, Zenas J. Teologia Bíblica da Oração. Rio de Janeiro, CPAD, 4. ed., 2007.

SAIBA MAIS

Revista Ensinador Cristão

CPAD, nº 44, p.37.

EXERCÍCIOS

1. Qual era o elo entre os profetas e Deus no Antigo Testamento?

R. A oração.

2. O que as orações dos profetas revelavam?

R. Zelo pela Palavra de Deus.

3. De acordo com a lição, quais eram as necessidades e os anseios do profeta Elias?

R. Tornar Deus conhecido como o único e verdadeiro no meio do seu próprio povo envolvido com idolatria.

4. O que podemos aprender sobre a oração no livro de Jó?

R. Que Jó pôde experimentar grande vitória no momento em que orava por seus amigos.

5. O que o livro de Salmos expressa?

R. Os Salmos expressam o relacionamento de Israel com Deus.